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sábado, 13 de junho de 2009

Brics buscarão maior projeção mundial em sua primeira cúpula

France Presse

Os países do grupo conhecido pela sigla Bric --Brasil, Rússia, Índia e China-- se reunirão na terça-feira (16) em sua primeira cúpula na cidade russa de Ekaterinburgo (leste), na busca por um papel de maior destaque mundial e na tentativa de mostrar unidade ante as grandes potências.

Segundo os analistas, os Brics estão mostrando uma crescente vontade de coordenar esforços, para conseguir maior projeção internacional. Os quatro países poderiam converter-se nos principais compradores dos primeiros bônus que o FMI (Fundo Monetário Internacional) está preparando para emitir, a fim de cumprir com a obrigação dos países ricos e em desenvolvimento de repassar US$ 1,1 trilhão ao Fundo e outras instituições para ajudar as nações mais pobres.
A China adiantou que está planejando comprar até US$ 50 bilhões em bônus, enquanto Rússia e China poderiam comprar cada um obrigações de US$ 10 bilhões.

O Fundo saudou a "liderança" e o 'compromisso' demonstrados pelo Brasil, que emprestará US$ 10 bilhões ao organismo multilateral, disse na quarta-feira (10) seu diretor-gerente, Dominique Strauss-Kahn.

"O Brasil demonstra mais uma vez a firmeza de seu papel como destacada economia emergente", afirmou Strauss-Kahn, citado em um comunicado do FMI.

O empréstimo será efetuado através da aquisição de bônus do organismo, anunciou também na quarta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O compromisso de contribuir com o capital do FMI foi adotado em abril durante a reunião de cúpula do G20 (grupo que reúne representantes de países ricos e dos principais emergentes) em Londres, no auge da crise financeira mundial.

Brasil gerou mais de 106 mil vagas de emprego formal em maio, diz Lupi

UOL

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, informou ontem que o Brasil criou em maio mais de 106 mil vagas formais de trabalho em termos líquidos (acima do número de demissões), o que confirmaria uma reversão na tendência de queda no mercado de empregos. " Vamos gerar mais de 1 milhão de empregos, o PIB vai crescer mais de 2% este ano, pode apostar e cobrar depois " afirmou Lupi, ao chegar a Genebra para participar da Conferência Mundial do Trabalho. A projeção de geração de empregos este ano no país é menor em 31% ao total de 1,450 milhão de vagas novas criadas em 2008. Para Lupi, o resultado é satisfatório diante dos estragos causados pela recessão na economia mundial.

Por sua vez, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Comissão Econômica da ONU para a América Latina (Cepal) divulgaram relatório mostrando que o desemprego aumentou em mais de 1 milhão de pessoas no primeiro trimestre na região. A taxa anual pode chegar a 9,1% - em 2008, atingiu 7,5%. Isso significa que entre 2,8 milhões e 3,3 milhões de pessoas podem se somar aos 15,9 milhões de desempregados nas zonas urbanas no ano passado.

A maioria dos países da região registrou queda de emprego - queda moderada no Brasil e na Colômbia, e mais acentuada no México, Chile e Equador. Somente Uruguai, Venezuela e Argentina aumentaram o emprego em relação ao ano passado. Com relação ao incremento médio dos salários, foi de 4,5% no Brasil e 6,1% no Uruguai, enquanto a Venezuela registrou a maior queda, de 5,4%.

No caso do Brasil, OIT e Cepal preveem alta 8,4% para 8,6% na taxa de desemprego este ano, mas Lupi acha que " as pessoas estão olhando pelo retrovisor " . Argumenta que, até janeiro, houve forte queda no mercado de trabalho, estagnação em abril, mas a situação em maio já foi melhor. Ele espera mais sinais positivos, baseado em projeção de expansão do PIB entre 1,2% e 1,5% no segundo trimestre.

Segundo o ministro, todos os setores dão sinais de recuperação do emprego, começando pelos serviços, além de a construção civil estar reagindo bem e a agricultura estar particularmente forte em Minas e São Paulo. Até a indústria, " que vinha ladeira abaixo " , voltou a empregar em maio. Lupi prevê que, do segundo semestre em diante, " vai ter emprego muito forte na indústria " . Hoje, na conferência, o ministro dirá que o Brasil é o único país do G-20 que está gerando emprego formal, considerando que China e Índia não têm sistemas de carteira assinada.

O ministro espera deslanchar no mês que vem um programa de microcrédito, com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). A ideia é fornecer empréstimos de até R$ 5 mil, com taxa de juro de 0,7% ao mês, em convênio com BNB, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O VAREJO, KARL MARX E AS BACTÉRIAS

Tenho percebido grandes mudanças no mercado varejista brasileiro. Por se tratar de um setor muito dinâmico e de linha de frente de qualquer economia, o varejo, sofre muito com as suas intempéries e inconstâncias. Até bem pouco tempo atrás, os profissionais que saíam das escolas de primeira linha torciam o nariz para este segmento do mercado. Achavam-no indigno, de segunda linha e não davam a devida atenção que o varejo merecia. É claro que em toda história existem dois lados e, portanto não podemos considerar qualquer análise totalmente correta ou não.

No que se refere aos profissionais que pensavam assim, o que tenho a dizer é que, sobre o ponto de vista de valorização de suas carreiras, eles não estavam errados. O mercado também agia desta forma, principalmente, no que tange a parte mais sensível do ser humano, o seu bolso. A remuneração e o status dos profissionais da indústria sempre foi melhor do que os do varejo. Isto fez com que as empresas varejistas, durante muitos anos, tivessem no seu corpo gerencial profissionais com uma qualificação menor do que o corpo gerencial da indústria. A maioria destes profissionais era de carreira, sem curso superior e, portanto com uma longa vida prática. Isto tem um lado positivo, bacana e durante muitos anos bastou para garantir o sucesso no comércio varejista.

Até porque, as mudanças e crises surreais pelas quais a economia brasileira passou foram fantásticas e a experiências na superação das mesmas era um diferencial muito interessante. Por outro lado, toda esta mutação também era interessante para dar aos profissionais mais capacitados do varejo uma coisa que todo o mercado valoriza hoje, a flexibilidade. Daí se justifica o fato de eu ter dito que em toda história existe dois lados. Bem, além disto, a um tempo atrás as coisas começaram a mudar. Depois mudaram mais rapidamente e ainda continuam mudando drasticamente. O que fez com que muitos conceitos tivessem que ser revistos, nem que fosse “na marra”. Em todos os sentidos, o varejo mudou muito, inclusive no profissional. Várias pessoas sofreram com isto, perdendo o seu próprio emprego. Outras sofreram e continuam sofrendo, mas, no entanto, conseguiram adaptar-se aos novos tempos. E, dentro do próprio varejo existem segmentos que se desenvolveram mais rapidamente e aqueles outros nos quais ainda é possível sobreviver com os dogmas do passado, por incrível que pareça.

E o meu recado vai para os profissionais que atuam nestes segmentos, nos quais mudanças ocorreram, mas que ainda é possível sobreviver como antigamente. Eu disse sobreviver. Caros amigos olhem ao redor. Vejam os exemplos do que está acontecendo com os postos de gasolina, com as farmácias e com tantos outros segmentos. Está tudo diferente! O consumidor está mudado e cada vez mais exigente, requerendo serviços melhores e mais eficientes e, portanto para prestar estes serviços às pessoas que atuam neste segmento tem de estar cada vez mais atualizados e preparados. E esta necessidade está fazendo com que profissionais, oriundos de escolas e indústrias de primeira linha, cheguem com mais freqüência ao varejo e com novas idéias ocupem os espaços vazios e se destaquem.

Não fiquem nesta de que o curso superior não ensina a vender, de que eu tenho muitos anos de experiência, de que sou um líder nato e tantos outros paradigmas, pois em uma situação desconhecida como a que vivemos e que viveremos daqui para frente, talvez toda a experiência anterior não lhes seja útil em nada. Os desafios serão novos e para a novidade a receita de ontem não combate a gripe de amanhã. Isto não quer dizer que os profissionais que estavam nas empresas não terão vez de agora em diante, não se trata disto e sim de que é preciso rever conceitos, enxergar um horizonte de tempo maior e ter a grande capacidade de desaprender. Este processo é doloroso, mas é fundamental para a sobrevivência nestes tempos de mudança e adaptações constantes.

O que me faz lembrar um amigo que me disse uma coisa interessante: “as bactérias tem a capacidade de se unir no que tem de melhor para enfrentar, juntas e mais fortes, o pior inimigo - o antibiótico”. Convido a todos, então, para uma análise do que se tem de melhor, um compartilhamento e uma ajuda mútua. E para terminar parafraseio e evoco o grande pensador econômico, Karl Marx, “varejistas de todo o mundo, uni-vos!” Sejamos mutantes!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pão de Açúcar compra Ponto Frio por R$ 824,5 milhões

Último segundo - IG

O grupo Pão de Açúcar anunciou nesta segunda-feira a compra da rede de varejo de eletrônicos e eletrodomésticos Ponto Frio. O valor da aquisição da participação dos controladores do Ponto Frio é de R$ 824,5 milhões, "equivalente a 70,24% do capital total, parte desse valor pago com ações do grupo Pão de Açúcar", informou a rede de varejo.

Segundo o Grupo, o objetivo da aquisição é crescer no segmento de eletroeletrônicos. Com a compra, o Grupo Pão de Açúcar torna-se líder no varejo brasileiro, com cerca de R$ 26 bilhões de faturamento. A aquisição já era esperada para este fim de semana.

No comunicado à imprensa, o Pão de Açúcar destaca como principais ganhos resultantes da operação "a grande capilaridade de lojas com localização privilegiada, expertise no comércio eletrônico e na oferta de serviços financeiros ao consumidor, integração logística, entre outros".

"Com uma sólida estrutura de capital que assegura o crescimento futuro do negócio, o Grupo Pão de Açúcar consolida sua atuação no comércio de eletroeletrônicos, unindo as atividades operacionais e comerciais das duas grandes empresas. Essa consolidação trará sinergias e ganhos de escala que beneficiarão nossos clientes", diz na nota o presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz.

No mês de março, o Ponto Frio, que é controlado por Lily Safra, viúva do banqueiro Edmond Safra, teve confirmado o processo de venda. Além do Grupo Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Lojas Americanas e um consórcio formado pela rede nordestina Insinuante e pela BTG demonstraram interesse no Ponto Frio.