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sábado, 6 de junho de 2009

A LIDERANÇA E A REDUÇÃO DAS INCERTEZAS

O futuro sempre angustiou os homens, sentimos uma necessidade imensa de saber o que vai acontecer. Tentar, de alguma maneira, antecipar as coisas, o tempo! Quase nunca conseguimos. Pelo menos, no que tange aos nossos assuntos pessoais, infelizmente, esta é a praxe. O que acontece normalmente é que não conseguimos prever o futuro dos nossos filhos, como ficará a nossa saúde e as intempéries pelas quais passam as nossas relações amorosas, só para ficar em alguns exemplos. Mas mesmo assim, com esta taxa de insucesso tão grande, somos persistentes e não desistimos de saber sobre como será o amanhã. Entra ano e sai ano, vemos um espetáculo televisivo e jornalístico de previsões sobre o período que se inicia. Quais serão as nossas perdas, os amores entre os famosos, se vamos ou não ganhar alguma competição importante, etc. e para variar, quase todas se comprovam “furadas” no final. Levamos esta nossa curiosidade para todos os cantos e até chegamos a nos divertir com isto. Porém não conseguimos manter este bom-humor quando falamos do futuro do nosso trabalho. Quando temos dúvidas e/ou incertezas sobre os rumos que a empresa na qual trabalhamos irá tomar. Se irá comprar, se fundir ou ser adquirida por outra empresa. Aí meu amigo, o que normalmente vemos é um mau-humor danado, estresse em cima de estresse, queda de rendimento profissional e sofrimento. Só que esta é uma corrente contra a qual não adianta nadar em sentido contrário, pois as mudanças e a velocidade com a qual elas estão acontecendo são inevitáveis e irreversíveis. Pequenas e grandes mudanças acontecem todos os dias dentro das organizações e mesmo nas mais planejadas é sempre preciso fazer ajustes de foco. Para se diminuir o estresse causado por estas incertezas e as cobranças oriundas dela é importante que os líderes estejam antenados com as necessidades dos seus colaboradores. Neste caso específico entram em cena duas características importantes da liderança: a ética e a transparência. A central de boatos, também conhecida como “rádio-peão”, sempre é acionada em caso de dúvida e só existe uma arma para lutar contra este poderoso inimigo: a verdade! Mas ser verdadeiro não é uma tarefa fácil, ao contrário, é bastante complicado. As pessoas não estão preparadas para isto, preferem o doce e triste prazer da conveniência, da dissimulação. E aí é que o exemplo tem de vir de cima, os líderes tem de se mostrar abertos ao diálogo, as críticas e, na prática, demonstrar como as coisas acontecem dentro da organização. Quando falo isto, não estou sendo ingênuo de pensar ou propor que segredos comerciais sejam desfeitos antes da hora ou coisas do gênero. Estou sim, querendo dizer, que nos momentos difíceis os funcionários olham para cima e procuram nos seus líderes uma explicação para suas dúvidas. Um referencial, algo ou alguém em quem se apoiar. Só que o que acontece quando a empresa está passando por alguma dificuldade e os colaboradores olham para cima, para os seus coordenadores procurando um apoio, na maioria das vezes, o que eles percebem é cada um querendo sobreviver às custas do outro. Uma briga de vaidades e uma falta de ética tremenda. Esta atitude não ajuda em nada. O exemplo que vem de cima só faz aumentar a angústia e o estresse dos funcionários. Não adianta falarmos de ética, transparência e verdade se ao primeiro momento de dificuldade o que demonstramos é uma incoerência total em relação ao nosso discurso e aquilo que praticamos. Agindo assim, não conseguiremos nada com os nossos colaboradores que estão mais ligados às nossas ações do que as palavras que insistem em escapar de nossas bocas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Medida cautelar do Cade congela fusão de farmacêuticas

Agência Estado


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou hoje a adoção de medida cautelar na aquisição da fabricante brasileira de medicamentos genéricos Medley pela francesa Sanofi-Aventis. O relator do caso, conselheiro César Matos, aceitou o pedido da medida feito no início de maio pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, por considerarem que há "alta probabilidade de exercício de poder de mercado, com possíveis efeitos negativos aos consumidores como, por exemplo, significativas elevações de preços". A medida cautelar impede que haja integração das estruturas das duas companhias, o que, na prática, "congela" os efeitos da fusão, até que o conselho julgue o impacto concorrencial do negócio, o que ainda não tem data marcada. Estão proibidas alterações societárias, fechamento ou desativação, ainda que parcial, de fábricas ou empresas pertencentes à Medley. Também estão proibidas pela medida cautelar a demissão de funcionários e a transferência de pessoal entre estabelecimentos das duas companhias. As estruturas administrativas terão de se manter separadas, bem como a distribuição, comercialização e políticas comerciais dos produtos fabricados pelas duas companhias. O descumprimento de cada uma dessas proibições poderá ser punido com multa diária de 100 mil Ufirs. Qualquer tentativa de modificação nos acordos de acionistas terá de ser submetida previamente aos órgãos de defesa da concorrência. Anunciado há menos de dois meses, o negócio despertou a atenção da Seae e da SDE, que fazem a investigação preliminar, por causa da concentração criada com a fusão em alguns segmentos. No caso dos medicamentos usados em tratamento para dependência de álcool, as duas empresas têm juntas 92,8% do mercado, ou dos remédios nootrópicos, utilizado em doenças degenerativas do cérebro, no qual mantêm 85,5% do mercado. Os dados, referentes a 2008, são do IMS, instituto de pesquisa especializado na indústria farmacêutica. A assessoria do Cade informou que a medida cautelar será submetida ao voto do plenário do conselho no dia 17 de junho, quando está marcada a realização da próxima sessão de julgamentos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Rinite afeta desempenho na escola e no trabalho, aponta pesquisa

Jornal da Tarde

A rinite afeta a qualidade de vida e a produtividade de uma pessoa, seja adulto ou criança. Foi o que mostrou pesquisa divulgada ontem, no XIX Congresso Mundial de Otorrinolaringologia, que acontece nesta semana no País. A pesquisa ouviu 1.088 adultos e 4.618 crianças em oito países da América Latina em 2008. No Brasil, foram feitas entrevistas em oito capitais (Rio, São Paulo, Brasília, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Belém e Belo Horizonte).

Segundo o estudo, quase metade (48%) das crianças e adultos sofrem interferência na escola ou trabalho por causa dos sintomas da rinite. Desses, 14% foram impedidos de sair de casa pela doença; 17% tiveram o rendimento afetado; e 17% passaram pelas duas situações. Sobre a qualidade de vida, 19% disseram que a rinite tem grande impacto nela; 24%, impacto moderado; 22% algum impacto; e 14%, pouco. Como eles se sentem durante as crises da doença? 38%, sempre cansados; 37% irritados; 34% ansiosos; 19% deprimidos.

Presente na apresentação dos números, o otorrinolaringologista americano Bradley Marple, disse que, no mundo a rinite afeta a produtividade de 55% dos empregados que sofrem do mal. “Eles apresentam sintomas em (média) 52,5 dias do ano e faltam em média 3,6 dias”, disse. “São números de grande impacto.” Segundo o especialista, rinites afetam a tomada de decisão, o bem-estar, a autoimagem e a vitalidade das pessoas.

A pesquisa mostrou que a rinite atinge - comprovadamente - 8,8% dos brasileiros. Mas a estimativa é que o índice seja de 25%. Michael Blaiss, pediatra americano, disse que a incidência da doença aumenta no mundo. Segundo ele, são diversas as hipóteses: poluição, alimentação inadequada até o sucesso da medicina na prevenção de infecções. “Quando as crianças não são expostas a infecções, o sistema imunológico não se desenvolve.”

Tratamento

O alergista Dirceu Sole, professor do curso de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, diz que a rinite não tem cura, mas, com tratamento adequado, pode ter seus sintomas controlados, de modo a permitir uma boa qualidade de vida. Ele alerta: isso exclui a automedicação. “Por não ser considerada uma doença grave, as pessoas a subestimam e, por isso, recorrem à automedicação.”

Microsoft fecha acordo de aquisição com Merck

InformationWeek EUA


Fabricante de software irá comprar unidade Rosetta Biosoftware


A Microsoft anunciou na segunda-feira (01/06) que fechou um acordo com a Merck & Co. para adquirir a unidade Rosetta Biosoftware. Os valores do negócio não foram divulgados. Rosetta é parte da Rosetta Inpharmatics LLC, uma subsidiária da Merck.

Esta unidade desenvolve sistemas de informação que permite pesquisadores analisarem genomas, conduzir estudos clínicos e produzir outras atividades relacionadas ao genoma. O acordo deve ser finalizado até o final deste mês.

A Microsoft informou que deve adicionar as funcionalidades da Rosetta à sua plataforma Amalga Life Sciences, que ajuda pesquisadores e outros profissionais da indústria de saúde a gerenciar e organizar dados clínicos. Pelo acordo, a Merck deve se tornar usuário da plataforma da fabricante de softwares.

"Estamos com grande expectative em colaborar com a Merck e aumentar as capacidades do Amalga Life Sciences com as funcionalidades adicionais do Rosetta Biosoftware", informou Peter Neupart, vice-presidente do grupo de soluções para saúde da Microsoft.

"Essa combinação de ofertas permitirá aos usuários melhorar o gerenciamento e análise genômica, biológica e de dados de pesquisas, auxiliando na descoberta de drogas e terapias, além de acelerar a realização da medicina personalizada", declarou Neupart. A Merck declarou que irá trabalhar de perto com a fabricante de softwares.

A Microsoft lançou o Amalga Life Sciences no início deste ano visando ajudar pesquisadores na utilização mais efetiva dos dados de pesquisa. A companhia informou que possui planos de lançar uma versão do Amalga já incorporando as tecnologias que virão com a aquisição da Rosetta Biosoftware no início de 2010.

domingo, 31 de maio de 2009

A Liderança e os Sistemas de Gerenciamento

O corre-corre dos dias atuais nos obrigam a fazer várias coisas ao mesmo tempo: ler o jornal enquanto tomamos café, analisar um relatório durante uma conversa com nossos filhos e até falar ao celular dirigindo, mesmo que isto seja proibido, isto tudo, para "ganharmos tempo."
Diariamente, recebemos uma gama de informações bastante superior a que nossos pais recebiam e para digeri-las é extremamente importante a simplicidade e a objetividade das mensagens.
Nas empresas isto não é diferente. São inúmeros relatórios, telefonemas, e-mail's e outras coisas mais para serem feitas sistematicamente. Além disto, temos que treinar nosso pessoal, tornar as informações mais "palatáveis" para que de alguma maneira o que queremos faça sentido para todos.
É principalmente neste momento que estamos cometendo alguns equívocos, usando por exemplo, palavras diferentes como sinônimos. Usando e abusando das metáforas, confundindo a cabeça das pessoas para depois cobrá-las a assertividade.
Uma das confusões que estamos fazendo é o uso incorreto dos conceitos de liderança e gerência.
Gerenciar, é um termo que vem do latim, e está calcado em: planejar, organizar e controlar. Com estes três conceitos trabalhamos a nossa necessidade de prever o futuro. Analisamos o resultado do que foi feito, controlamos como estamos fazendo as coisas atualmente e , em cima disto, tomamos as decisões futuras.
Grande parte das coisas dentro de uma organização funciona assim, sendo apenas gerenciadas. Porém, se tudo funcionasse desta maneira estaríamos hoje sendo administrados por máquinas baseadas em sistemas matemáticos binários:(sim ou não!). Não precisaríamos das pessoas no processo de tomada de decisões, seria só informar os dados e teríamos as respostas nas mãos em poucos segundos. Não existiria os talvez...
Mas acontece que existe o imponderável, o imprevisível. E para a tristeza de muitos o que deu certo ontem, pode dar errado amanhã e vice-versa. Então o que fazer?
É preciso gerenciarmos, é claro, pois sem o mínimo de planejamento, organização e controle nós não conseguimos nada. Mas é necessário que sejamos algo mais: sejamos líderes.
Líder é uma palavra de origem inglesa que vem do verbo "to Lead", significando conduzir, pessoa que dirige(do latim, directus - quem dá a direção, direito) e orienta os membros de uma equipe.
Quando se trabalha com pessoas e é o que fazemos todos os dias, temos que pensar no imprevisível, pois assim é o ser humano, sofremos por ansiedade, temos ambições e somos (sempre somos!) diferentes.
Aí está a diferença: o líder ousa, nos conduz de um lugar para o outro, tem sentimentos, erra e assume o seu erro. O líder é alguém que chama para si a responsabilidade. Para resumir, enquanto o líder pega o controle do barco e nos leva a um outro porto, o gerente-técnico somente, é levado pela direção do vento, muitas vezes.
Para as coisas que estão dando certo, que estão funcionando "redondinho" o gerenciamento é importante. Para as rotinas, os sistemas de gerenciamento são fundamentais. Mas temos que deixar o nosso espírito de líder atento pois a calmaria de hoje pode ser o aviso da tempestade de amanhã.
É nesta hora que as empresas precisam de líder: nas exceções, na administração de conflitos, na mudança de paradigmas, no imponderável. E eles não devem reclamar disto, até porque este é o charme da função.
Mas eles não devem se apegar às benesses do cargo, tem de ser profissionais, lutar pela empresa, lapidar os talentos e tomar cuidado para não sofrer da "síndrome da cadeira" nem mesmo e, principalmente, quando se deparam com um colaborador mais competente do que eles mesmos. Nestas horas é preciso lembrar Ricardo Semler, que disse que o papel do líder é o de tirar as pedras do caminho, não para si mas para a empresa e as pessoas que o estão seguindo.