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sábado, 5 de setembro de 2009

Laboratório Pfizer paga multa recorde nos EUA

CLÁUDIA COLLUCCI
da Folha de S.Paulo

A Pfizer, maior fabricante de medicamentos do mundo, concordou ontem em pagar uma multa recorde de US$ 2,3 bilhões e encerrar uma ação civil e penal que corria na Justiça dos Estados Unidos.

A empresa é acusada de fazer promoção ilegal de 13 medicamentos. Essa é a maior multa já aplicada pela Justiça americana ao setor de saúde.

Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a Pfizer teria promovido os medicamentos, entre eles o Bextra (anti-inflamatório), o Zyvox (antibiótico), o Geodon (antipsicótico) e o Lyrica (antiepilético), para uso off-label, ou seja, para fins diferentes daqueles para os quais foram aprovados pela FDA (agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA).
Entre as ações de marketing, havia a informação de que o remédio era indicado para dores agudas e pós-cirúrgicas, enquanto a aprovação da FDA se limitava à dor crônica (tratamento da artrite, por exemplo).

No Brasil, a droga também chegou a ser usada em indicações que não constavam no registro. "Aplicações off-label foram apregoadas e feitas no Brasil", afirma o reumatologista José Goldemberg, do Hospital Israelita Albert Einstein e professor aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

No entanto, ele recomenda cautela antes de condenar o uso off-label de um medicamento, argumentando que nem sempre há prejuízos ao paciente.

"O rituximabe, por exemplo, foi desenvolvido para tratar linfoma. Depois, a experiência mostrou que, nas formas graves de lúpus eritematoso sistêmico, seu uso off-label é imbatível. Salvei cinco vidas usando para esse fim. Os remédios off-label têm salvado muita gente quando bem indicados."

A campanha de promoção do Bextra envolveu ainda viagens de médicos e consultores a resorts luxuosos, pagas pela Pfizer. A ação também foi estendida a médicos brasileiros.

De acordo com Maria José Delgado, gerente de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no Brasil é proibida a propaganda de remédios para fins que não constam no registro da droga. "Se o produto é registrado para câncer de mama, não posso dizer que ele cura câncer de próstata", exemplifica.

Ela argumenta que a propaganda feita diretamente para médicos, nos consultórios ou nos congressos, é mais difícil de ser fiscalizada. "Apesar de ter previsão na resolução de como isso deve ocorrer, é uma relação muito particular e mais difícil de ser monitorada."
Em janeiro, outra gigante da indústria farmacêutica, a Eli Lilly, havia sido multada em US$ 1,4 bilhão por promoção ilegal do antipsicótico Zyprexa.

Outro lado

O acordo põe fim aos processos civis e penais a respeito. A Pfizer e sua filial envolvida no caso, a Pharmacia & Upjohn Company, pagarão US$ 1,3 bilhão para saldar o processo penal e mais US$ 1 bilhão para concluir o aspecto civil do caso.

"Esses acordos colocam fim a assuntos legais e nos ajudam a focar no que fazemos melhor: descobrir, desenvolver e entregar remédios inovadores para tratar pacientes lidando com algumas das doenças mais debilitantes do mundo", disse nos EUA Amy W. Schulman, vice-presidente da Pfizer.

"Nos arrependemos de algumas ações do passado, mas estamos orgulhosos das atitudes que tomamos para fortalecer nossos controles internos. Integridade corporativa é uma prioridade absoluta da Pfizer, e nós continuaremos a tomar as ações apropriadas para fortalecer a confiança pública em nossa companhia."

Os medicamentos são aprovados no Brasil --no caso do Bextra injetável, apenas para uso hospitalar. Segundo a Pfizer, não há ações semelhantes tramitando no país.

No caso do Bextra, que foi retirado do mercado norte-americano em 2005 em razão de riscos cardíacos, a promoção teria envolvido "vários usos e doses que a FDA recusara validar em razão das dúvidas sobre seus riscos", segundo os autores dos processos nos EUA.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Como Evitar Erros ao Negociar

Todos os dias os jornais e revistas trazem artigos dizendo que “Estamos vivendo em um tempo onde saber negociar é fundamental”.
Realmente, isto está acontecendo, vivemos este momento, apesar disto ser verdade é importante dizer que negociar sempre foi importante.
Negociação é um processo que sempre esteve presente em nossas vidas, algo que fizemos, fazemos e faremos milhares de vezes durante nossas vidas profissional e pessoal. E, talvez, por isto mesmo, por ser tão rotineiro é que não nos damos conta das dificuldades envolvidas nesta atividade e não nos preparamos para superá-las de forma eficiente.
Hoje eu gostaria de te falar de algumas dicas sobre negociação, coisas simples, mas que podem te ajudar a resolver alguns impasses, então vamos lá:


• Prepare-se e/ou até mesmo simule as principais negociações que você for fazer, não dá mais pra deixar o improviso e o excesso de autoconfiança comandar suas ações.

• Seja empático, ou seja, não veja o processo de negociação apenas por um dos lados e sim por todos os lados, o que pode ser bom pra você pode estar sendo péssimo para o outro lado e vice-versa, temos que chegar ao equilíbrio.

• Acredite em si mesmo, pare com este sentimento de que o outro lado tem mais informação, tempo, experiência ou seja, tudo melhor do que você! Não se ganha indo pra uma negociação derrotado.

• Tome cuidado pra não dar mais importância a fatos isolados que foram transformados em verdade absoluta, por exemplo: um dos seus vendedores escutou de um cliente que o concorrente x está dando um desconto agressivo, daí ele não checa a informação e pior leva isto pra empresa como se fosse uma verdade absoluta e generalizada,

• Estabeleça objetivos realizáveis para sua negociação, não adianta colocar metas intangíveis para um negócio, senão corremos o risco de fazermos uma excelente negociação e mesmo assim sairmos com um sentimento de derrota.

• Entenda que stress e tensão fazem parte do processo, principalmente em grandes negociações, prepare-se para eles.


• Separe o negociador de suas posições, não personalize o negócio, senão você corre o risco de desfocar-se dos seus objetivos.

• Identifique quais são os pontos de concordância entre os lados, um erro que muita gente comete é concentrar-se nos pontos de tensão, nas dificuldades. Faça o contrário e os dois lados terão a sensação de que estão caminhando pra um acordo.

• Dê tempo ao tempo, ou seja, respeite o tempo do negociador não corra de mais se não ele se assusta, fica inseguro e não fecha o negócio. E também não demore demais porque se não ele desiste da compra. Identifique os sinais de compra e feche o negócio.

Não apresente soluções antes que o outro lado tome consciência do problema. Isto é fundamental, muitos de nós chegamos para os nossos clientes com as melhores propostas possíveis, com soluções maravilhosas, mas o cliente não compra. E ficamos a nos perguntar: por quê? A resposta é simples: o cliente não tinha consciência de que tinha um problema e, portanto, se eu não tenho um problema não preciso de solução.

Como disse anteriormente, são dicas simples, mas que se forem observadas e fizerem sentido pra você tenho certeza de que serão muito úteis ao seu negócio e a sua vida. Veja que você já sabia disto, mas como os processos muitas vezes entram na rotina, deixamos passar despercebidos detalhes que podem fazer a diferença!
Sucesso!

domingo, 30 de agosto de 2009

Em homenagem ao nascimento da minha filha, me permito um pouco de poesia....

Perguntas à Sua Espera


Quantos segundos se passam num ano?
Quantos anos, sete anos tem?
Errar o tempo é humano,
Esperar a princesa também!

Quantos movimentos faz uma barriga?
Quantas bolas, uma foto de festa tem?
Pensamentos estouram uma bexiga,
A chegada de uma princesa também!

Quantas noites teremos ilumindadas?
Quantos dias, todo o dia tem?
Se as mães acalmam as calçadas,
Um sorriso da princesa acalma também!

Quantos filmes de amor foram rodados?
Quantas ½ semanas, nove meses tem?
Os corredores dos príncipes foram traçados,
Os passos da princesa também!

Quantas perguntas cabem numa poesia?
Quantas dúvidas, uma certeza tem?
Dois meninos, uma vida se coloria,
Para uma princesa, uma rainha se tem!


Alex Dunno