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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Farmácias devem manter sigilo das receitas médicas

Agência Câmara

05/02/2010

As penas previstas para quem descumprir a norma vão de advertência até interdição, cancelamento de licença e multa


A Câmara analisa o Projeto de Lei 6563/09, do deputado Fernando Coruja (PPS-SC), que inclui entre as infrações sanitárias o repasse, por parte de farmácias e drogarias, de informações contidas na prescrição de medicamentos sem autorização do usuário.
As penas previstas para quem descumprir a norma vão de advertência até interdição, cancelamento de licença e multa. Esses estabelecimentos também serão obrigados a garantir o sigilo das receitas mantidas sob sua guarda, por tempo e forma definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Sigilo profissional

"A receita de medicamentos é entendida em todas as profissões da área de saúde como parte do prontuário e, como tal, sujeita ao sigilo profissional específico, sendo a violação de tal informação sujeita a processo ético e punição por parte dos respectivos conselhos profissionais", argumenta o deputado.

Segundo Coruja, a "omissão" da lei em relação ao comportamento das farmácias e drogarias tem feito com que alguns comerciantes informem o conteúdo das receitas a laboratórios farmacêuticos e distribuidores.

Para o deputado, essa atitude tem o "objetivo de informar sobre hábitos de consumo de pacientes e de escolha de quem prescreve a receita, criando oportunidade para práticas comerciais inescrupulosas e violação da privacidade de ambos".

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Vendas de remédios genéricos têm crescimento de 19%

SAÚDE WEB

Perda de patentes são os principais fatores


A indústria de genéricos anunciou o aumento de vendas de seus produtos na quarta-feria 3. Em 2009, houve um crescimeto de 19% em unidades vendidas em relação o ano anterior. Uma soma de R$ 3,6 bilhões provenientes de um encremento de 24% no valor das vendas.

Alguns fatores definitivamente colaboraram para o crescimento desse mercado: ainda este ano, a versão genérica do medicamento Diovan (valsartana), da Novartis, que trata de hipertensão arterial e que hoje custa até R$ 44,32, será lançado. Já a atorvastatina (Liptor), do laboratório Pfizer, medicamento para controle de colesterol que é um dos mais vendidos no mundo, cujo o custo pode chegar a R$ 119,32, está previsto para ser lançado no início de 2011. Ambos estarão com valores, em média, 45% mais baixos.

Isso caso decisões judiciais não impeçam o processo da perda de patente. É o caso do Viagra (sildenafil), droga contra a disfunção erétil, que perderia a patente este ano, mas não poderá ser copiado devido a uma decisão que estendeu sua patente até 2011, o que a organização Pró Genéricos contesta no TRF. Os outros medicamentos caminham para a liberação de patente.

Atualmente, os medicamentos genéricos completam 10 anos de regulamentação, e ocupam 19,4% do mercado brasileiro.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pfizer tem lucro menor que o esperado no 4º trimestre de 2009

REUTERS

A Pfizer apresentou nesta quarta-feira lucro trimestral ligeiramente aquém das previsões de analistas e divulgou projeções abaixo das expectativas de Wall Street. Os anúncios faziam as ações do maior laboratório farmacêutico do mundo caírem quase 2% antes da abertura do mercado. A companhia teve lucro de US$ 767 milhões, ou US$ 0,10 por ação, contra US$ 266 milhões, ou US$ 0,04 por ação, um ano antes.

Excluindo-se itens especiais, o lucro foi de US$ 0,49 por ação. Analistas esperavam um lucro de US$ 0,50 por ação, segundo a Thomson Reuters.

A receita da Pfizer cresceu 34%, para US$ 16,5 bilhões, acima das estimativas de US$ 15,9 bilhões de Wall Street.

A Pfizer, que completou a aquisição da Wyeth por US$ 67 bilhões em outubro, disse que os resultados incluem dois meses e meio de vendas da Wyeth e um mês e meio em vendas da empresa fora dos Estados Unidos.

A previsão da Pfizer para 2010 é de lucro por ação entre US$ 2,1 e US$ 2,2. Analistas esperavam, em média, US$ 2,27 por ação, segundo a Thomson Reuters.

A empresa afirmou que o fortalecimento do dólar reduzirá os ganhos em US$ 0,06 por ação além do que previa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Governo brasileiro deve criar 'superlaboratório'

SAÚDE WEB

Ideia é evitar que companhias nacionais sejam adquiridas por multinacionais, como ocorreu com a Medley, que foi comprada pela Sanofi

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o governo deve criar um "superlaboratório" nacional para competir com as multinacionais que atuam no país. O projeto deve ser financiado pelo BNDES, que tem como foco fortalecer as indústrias nacionais para que elas tenham escala como as grandes companhias farmacêuticas internacionais. O banco propõe financiar fusão entre laboratórios e também aquisições, por meio do Profarma, programa de fomento voltado para o setor farmacêutico, cujo orçamento é de R$ 3 bilhões até 2012. Até dezembro, os financiamentos do BNDES já somavam R$ 1,3 bilhão.

A ideia do governo é evitar que companhias brasileiras sejam adquiridas por multinacionais, como ocorreu com a Medley, que foi comprada pela companhia francesa Sanofi-Aventis. E ainda, o "superlaboratório" deve ser criado com a meta de estimular investimentos em pesquisas e desenvolvimento (P&D) de empresas nacionais e troca de tecnologia.

A preocupação do ministro é reduzir o déficit comercial do governo, que ficou em torno de US$ 7 bilhões no ano passado. O governo pretende baixar esse valor para até US$ 4,4 bilhões e desenvolver tecnologias para a produção, no país de 20, de produtos estratégicos do SUS até 2013.

Segundo o ministro, o governo concluiu nove projetos envolvendo parcerias, nos quais participam sete laboratórios públicos, sete privados, um deles estrangeiro, para o desenvolvimento de 14 produtos. Esses projetos somam compras anuais da ordem de R$ 650 milhões, com economia estimada entre R$ 130 milhões/ano e R$ 150 milhões/ano, nos próximos cinco anos.

Em 2009, o Brasil movimentou R$ 30,2 bilhões em vendas de medicamentos. O potencial é de crescimento acima de dois dígitos nos próximos anos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

SUSPENSÃO DA VENDA DA SIBUTRAMINA NA EUROPA

Boletim SNIF

A EMEA, Agência Reguladora de Medicamentos da Europa, recomendou a suspensão da venda de remédios para emagrecer que contenham a sibutramina. O órgão baseou a proibição em estudos que indicaram que a substância aumenta os riscos de problemas cardiovasculares. Nos Estados Unidos, a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) defende que a sibutramina aumenta os riscos de enfarte e derrame em pessoas que sofrem de problemas cardíacos. O órgão solicitou ao laboratório fabricante do medicamento que intensifique o alerta sobre os riscos do uso da sibutramina por pacientes com problemas cardíacos.
“Todos esses efeitos da sibutramina são conhecidos pela comunidade científica há muito tempo. Esse medicamento acelera os batimentos cardíacos e aumenta a pressão arterial. É necessária uma prescrição adequada e criteriosa”, afirma a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretor da do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
A sibutramina vem sendo utilizada como a melhor alternativa, para não dizer a única, às anfetaminas. Trata-se de uma droga valiosa no tratamento da obesidade, tendo como diferencial a sua ação sacietógena e não anorexígena. “Isso equivale a dizer que a sibutramina não ‘tira a fome’ das pessoas que se utilizam dela, o que é muito importante quando queremos investir na reeducação alimentar, ao invés de aderir às dietas restritivas. Com a sibutramina, as pessoas sentem fome normalmente nos horários das refeições, mas a ingestão de uma quantidade menor de alimentos, já lhes proporciona saciedade. Outro ponto positivo do medicamento é um discreto efeito no metabolismo, acelerando a queima calórica, que tanto pode ser útil para as pessoas que precisam perder peso”, explica a endocrinologista.
Diferente das anfetaminas, a sibutramina tem efeitos estimulantes bem menores, tanto sobre o sistema nervoso central, quanto sobre o aparelho cardiovascular. Ela não causa dependência e já provou ser útil e segura, inclusive no tratamento de adolescentes obesos. “Assim, em adolescentes e adultos jovens, dificilmente temos problemas com o emprego da sibutramina. Em pessoas acima dos 40 anos, já começam a aparecer, com mais frequência, os efeitos estimulantes, caracterizados por palpitações e insônia. Esses efeitos, por serem conhecidos, podem e devem nortear a prescrição do medicamento, não sendo, portanto, compreensível a suspensão do remédio, em meio a um escasso mercado de bons medicamentos para emagrecer”, destaca Ellen Paiva.

No Brasil, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ainda não se posicionou sobre o assunto. “Vamos esperar a manifestação oficial do órgão, pois consideramos a sibutramina praticamente a única droga eficaz em nosso arsenal terapêutico de drogas sacietógenas, que pode ser utilizada na grande população de adultos e jovens obesos”, diz a diretora do Citen.