Assist Travel

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

GP Investimentos coloca 40% de sua fatia na Hypermarcas à venda

Valor Econômico

A GP Investimentos e a família Samaja, controladora da antiga Farmasa, colocaram ontem à venda 40% das ações que possuem na empresa de bens de consumo Hypermarcas. Na semana passada os acionistas solicitaram que todos seus papéis (29.720.140) fossem desvinculados do bloco de controle da companhia, tornando-se, assim, disponíveis para venda.

A GP fazia suspense sobre a real intenção de vender sua posição na empresa, enquanto no mercado financeiro todos davam como certo que o banco Credit Suisse estava contratado para a transação.
Ontem o mistério acabou depois que investidores foram formalmente consultados a respeito de venda das ações a um preço entre R$ 32 e R$ 32,50. O Valor teve acesso a comunicado emitido aos investidores pelo Credit Suisse. Os papéis devem ser vendidos em leilão hoje pela manhã na bolsa. Segundo o aviso aos investidores, a formação de preço termina hoje às 10h do horário brasileiro. Investidores estrangeiros também podem participar do leilão. Os vendedores ainda tentam conseguir um valor maior por seus papéis.

Segundo o Valor apurou, a GP pressionou os controladores da Hypermarcas para que divulgassem ontem mesmo, juntamente com os resultados do trimestre, um comunicado ao mercado informando não ter interesse em exercer o direito de preferência para compra das ações. Isso foi interpretado como um sinal de que o fundo já havia encontrado compradores para os papéis e tinha pressa em concretizar a venda.
Segundo operadores do mercado, a GP tinha intenção de vender toda a posição, mas enquanto sondava o apetite dos investidores as cotações caiam na bolsa ontem. As ações chegaram a cair 5% ao longo do pregão, para R$ 32,10. Com isso, decidiu-se por uma venda parcial para não pressionar demais o preço. Mas não está descartado que nos próximos dias a fatia remanescente seja oferecida. Os papéis fecharam a R$ 33,50, em queda de 0,88%.

Enquanto o Credit Suisse falava com investidores e sinalizava disposição de vender as ações a R$ 32, a área de análise do banco divulgava ontem um relatório recomendando a compra do papel e estimando um preço-alvo de R$ 45 (US$ 26,50).
Segundo dados da Bloomberg, a média dos preços-alvo de sete analistas é de R$ 39,95. A estimativa mais baixa é de R$ 34,00, da Itaú Corretora.
A corretora do Credit Suisse foi a maior compradora de ações da Hypermarcas ontem, adquirindo 488 milhões de ações, por R$ 15,97 milhões. O giro dos papéis da companhia ficou ontem em 962,3 milhões de ações.

Desde a oferta secundária da Hypermarcas, em que a GP foi vendedora, o acordo de acionistas da empresa está sendo revisado. Isso porque GP e família Samaja, oriundos da Farmasa, ficaram, cada uma, com participação inferior aos 10% do total vinculado no acordo.
Atualmente, família mais GP têm cerca de 13% do capital total da empresa, cada um com cerca de metade dessa fatia.
Considerando um cenário hipotético em que a GP venda toda sua fatia por R$ 32, isso daria R$ 480 milhões, que, somados aos recursos levantados na oferta secundária do primeiro semestre, resulta num total de cerca de R$ 600 milhões. Em novembro de 2007, a GP investiu R$ 240 milhões para comprar 50% da Farmasa. Foi a operação de compra da Farmasa pela Hypermarcas que deu ao fundo a participação na segunda.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ASTELLAS ANUNCIA A CONTRATAÇÃO DE TRÊS DIRETORES

Boletim SNIF

A Astellas, segunda maior farmacêutica do Japão e uma das 25 maiores corporações desse setor no mundo, acaba de iniciar suas atividades na América Latina por meio de uma subsidiária no Brasil, anunciou a contratação de três executivos. Alexandre Gibim é o diretor de Vendas e Marketing, José Machado Moura Júnior é o diretor da Divisão Médica e José Pedro Meirelles é o diretor financeiro da empresa no País. Sob o comando do experiente Devaney Baccarin, presidente da Astellas Farma Brasil e vice-presidente do grupo, está prevista a contratação de outros 60 profissionais brasileiros até o final do ano. Aos 36 anos, Gibim acaba de retornar ao Brasil após quase dois anos trabalhando em Indianápolis, nos Estados Unidos, onde ocupava o cargo de diretor de Vendas da Região Intercontinental da Eli Lilly, empresa em que trabalhou por 15 anos. Formado em Administração pela PUC de Campinas, é pós-graduado em Marketing pela ESPM e em Marketing e Vendas pela Kellogg School of Management, nos Estados Unidos. Com sólida experiência na indústria farmacêutica, Machado - como é conhecido-, 54 anos, é formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos e pós-graduado pela Escola Paulista de Medicina. Com especialização em Medicina Interna, Endocrinologia e Informática Médica, tem passagens pela Eli Lilly, Parke-Davis do Brasil e Novo Nordisk Farmacêutica.
Desde 2007, ocupava o cargo de diretor médico da Wyeth Farmacêutica do Brasil. Com 25 anos de experiência na área financeira, sendo os últimos dez na indústria farmacêutica, Meirelles, 45 anos, possui passagens pela Lundbeck e Allergan. Trabalhou, anteriormente, com fornecedores da indústria
automobilística, no varejo de eletroeletrônicos e consultoria financeira. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, conta com EMBA pela Business School São Paulo e, atualmente, cursa mestrado no IBMEC-RJ.

No Brasil - Com a missão de contribuir para a saúde em todo o mundo, através da prestação altamente eficaz e confiável de produtos farmacêuticos, a Astellas, segunda maior farmacêutica do Japão e uma das 25 maiores corporações desse setor no mundo, iniciou suas atividades na América Latina por meio de uma subsidiária no Brasil. Baseada em Tóquio, no Japão, e com vendas anuais próximas aos US$ 10 bilhões, a Astellas é uma empresa global, com mais de 14 mil funcionários. Somente em pesquisa e desenvolvimento é investido, anualmente, US$ 1,6 bilhão, o que representa mais de 16 % do faturamento total da empresa.
De acordo com Masafumi Nogimori, CEO da Astellas Pharma, que esteve no Brasil -nos dias 14 e 15 outubro - especialmente para o lançamento da empresa, "a expansão significa uma excelente oportunidade de crescimento, já que o País tem visto sua economia com indicadores macroeconômicos sólidos e com excelentes perspectivas de crescimento a médio e longo prazos". Taxas de crescimento de dois dígitos e vendas totais superiores a US$ 19 bilhões, excluindo a área hospitalar e vendas governamentais, fazem do mercado farmacêutico brasileiro o nono maior do mundo. O foco da Astellas Farma Brasil (AFB) é importar e distribuir produtos farmacêuticos. Os primeiros medicamentos comercializados serão o Omnic, atualmente distribuído pela Eurofarma, e o Omnic OCAS, versão ainda não disponível no país. Ambos são indicados para tratamento de doenças urológicas, especificamente para hiperplasia benigna (aumento do volume) da
próstata. Essas drogas têm como princípio ativo a tamsulosina e diferem na sua forma de liberação na corrente sanguínea. A AFB espera lançá-los até o final de 2009 e início de 2010, após obter aprovação regulamentar. Somente o Omnic gera vendas anuais superiores a R$ 17 milhões.
Segundo Devaney Baccarin, presidente da unidade brasileira e vice-presidente do grupo, que deverá contratar uma equipe de 60 pessoas, "os resultados conseguidos pela Astellas Pharma em todos os países onde se instalou nos permitem acreditar que, aqui no Brasil, não será diferente e grandes conquistas acontecerão já no início de nossas operações". Com quase 32 anos de experiência no setor, recentemente, o executivo ocupou a presidência da Genzyme do Brasil e também a vice-presidência da corporação. Antes,
trabalhou em várias empresas farmacêuticas internacionais, incluindo a Eli Lilly, Roche, Schering AG e Wyeth.