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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cientistas desvendam mecanismo epigenético que mantém viva célula de câncer


Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com participação brasileira identificou as alterações epigenéticas que são essenciais para a sobrevivência de células cancerosas. O estudo demonstrou experimentalmente que as células tumorais morrem quando são reativados os genes que haviam sido “desligados” pela anomalia epigenética.


Estudo realizado nos Estados Unidos com participação brasileira identifica modificações essenciais para sobrevivência de tumores (Wikipedia)
Epigenética é a informação genômica que não faz parte da sequência do DNA. Em geral, as células cancerosas apresentam padrões anômalos de metilação do DNA. A metilação é o principal mecanismo epigenético, no qual um grupo metil é transferido para algumas bases de citosina do DNA. Padrões aberrantes de metilação podem levar as células cancerosas a uma transformação maligna.
O trabalho teve seus resultados publicados na edição desta segunda-feira (14/05) da revistaCancer Cell. O primeiro autor do artigo, Daniel Diniz de Carvalho, realiza pós-doutorado no Departamento de Urologia, Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade do Sul da Califórnia (Estados Unidos).
Graduado em medicina veterinária pela Universidade de Brasília (UnB), Carvalho concluiu em 2009 doutorado, com Bolsa da FAPESP, no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), na área de imunologia, sob a orientação do professor Gustavo Amarante-Mendes.
Trabalhos anteriores de Carvalho já haviam gerado resultados importantes, publicados nas revistas Oncogene , do grupo Nature, e PLoS Genetics. O cientista acaba de ser contratado pela Universidade de Toronto (Canadá), onde coordenará seu próprio laboratório no Instituto de Câncer de Ontário, da mesma instituição.
Segundo Carvalho, o principal objetivo de sua linha de pesquisa, que terá continuidade no Canadá, é contribuir para o desenvolvimento de uma nova geração de terapias epigenéticas.
“Há terapias epigenéticas sendo usadas clinicamente, mas elas mudam todo o padrão do DNA, ativando não apenas os genes que impedem a sobrevivência do tumor, mas também vários outros que não deveriam ser ativados. Por serem inespecíficas, são terapias de alto risco. Neste estudo, identificamos alvos importantes para o futuro desenvolvimento de uma segunda geração, mais eficiente, de terapias epigenéticas”, disse à Agência FAPESP.
Todas as células do organismo possuem a mesma informação genética. O que garante a diferenciação entre elas, possibilitando a formação de vários tecidos, é o fato de determinados genes estarem ligados ou desligados. Essa regulagem é feita por mecanismos epigenéticos, com a metilação de DNA e alterações na cromatina.
“Quando esse mecanismo é desfigurado por uma alteração epigenética, podem surgir várias doenças, em especial o câncer. Quando essa alteração leva a célula a se tornar um tumor, ela perde ainda mais o controle do mecanismo de regulação. A célula começa então a acumular outras mutações que não têm importância nenhuma na gênese do tumor”, explicou.
Distinguir as alterações epigenéticas importantes – que garantem a sobrevivência do tumor – das alterações causadas pela própria presença do tumor é um grande problema para a ciência.
“Com as novas técnicas de sequenciamento disponíveis, mapeamos todas as alterações genéticas e epigenéticas. Mas como só analisamos a célula tumoral no fim do processo, não sabemos quais alterações são a causa e quais são consequências”, disse Carvalho.
Genes fundamentais
Identificar as alterações epigenéticas essenciais para a sobrevivência do tumor é fundamental para identificar alvos terapêuticos adequados, segundo Carvalho.
“Uma alteração genética, como uma mutação, é uma alteração definitiva. Mas as alterações epigenéticas são reversíveis e por isso mesmo são muito interessantes para possíveis terapias”, disse.
Para identificar as alterações epigenéticas essenciais, os cientistas analisaram uma célula tumoral com grande quantidade de metilação aberrante e, gradualmente, reduziram os níveis de enzimas que produzem a metilação no DNA.
“Reduzindo a disponibilidade de metilação, colocamos pressão para que a metilação só fosse dirigida às regiões genômicas fundamentais. Até certo momento a célula cancerosa sobrevivia. Depois de certo nível de redução a célula não sobrevivia e sabíamos então que os últimos genes metilados eram essenciais para a sobrevivência do tumor”, disse Carvalho.
Em seguida, os cientistas mapearam o genoma e descobriram onde se localizavam os genes fundamentais. Utilizando amostras de tumores do consórcio internacional The Cancer Genoma Atlas, verificaram que os genes fundamentais estavam sempre metilados e inativos em células tumorais.
“Depois reativamos esses genes nas células, para verificar se realmente eram importantes. Assim que os genes eram reativados, as células tumorais morriam. De fato, a sobrevivência do tumor só é possível quando esses genes estão silenciados”, afirmou.
Embora inativos, os genes fundamentais permanecem intactos na célula tumoral. Segundo Carvalho, o desafio agora é descobrir como reverter a metilação do DNA, reativando esses genes para matar o tumor.
“Um dos principais objetivos dessa linha de pesquisa é identificar um mecanismo que permita a demetilação de genes específicos, viabilizando uma segunda geração de terapias epigenéticas. Outra meta consiste em melhorar os resultados das terapias epigenéticas inespecíficas que, ao ativar muitos genes da célula tumoral, a tornam imunogênica. Achamos que podemos aprimorar essas terapias combinando-as com a imunoterapia”, disse.
O artigo DNA Methylation Screening Identifies Driver Epigenetic Events of Cancer Cell Survival(doi:10.1016/j.ccr.2012.03.045), de Daniel Diniz de Carvalho e outros, pode ser lido por assinantes da Cancer Cell em www.cell.com/cancer-cell.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Execução!

Por Hsm

A importância do planejamento

Um bom planejamento auxilia o processo de execução. Da mesma forma, um planejamento insuficiente gera uma implementação insuficiente. “Alguns gestores podem até argumentar que uma boa execução pode compensar uma má estratégia ou um planejamento inadequado. A experiência que tenho, geralmente prova o contrário. A execução de uma má estratégia geralmente é uma proposta que não alcançará o sucesso. Um planejamento insuficiente normalmente conduz o processo de execução para mares conturbados que se tornam cada vez mais difíceis de navegar”, afirmou o professor.

Os planos de execução no nível corporativo irão a pique ou não darão certo se não receberem suporte corporativo. Para o palestrante, é impossível discutir a execução até que se tenha alguma coisa para executar. Porém, quando a ‘elite’ planeja e vê a execução como algo que está abaixo dela, diminuindo a sua dignidade enquanto alta gerência, a implementação bem-sucedida está comprometida. “A execução não é algo com o qual podemos nos preocupar mais tarde”, alerta.

Estratégias vagas não podem ser facilmente transformadas nos objetivos ou nas métricas mensuráveis tão importantes para a execução. Planos corporativos e empresariais imprecisos inibem a integração dos objetivos, das atividades e das estratégias entre os níveis corporativo e empresarial. “Os administradores que sabem algo da execução da estratégia têm fortes probabilidades de desenvolver uma vantagem competitiva com relação aos que não sabem”.

Estratégia corporativa e estratégia de negócios

Hrebiniak explicou que a estratégia corporativa agrega valor e afeta a implementação da estratégia de negócios, e a execução da estratégia de negócios, por sua vez, afeta a implementação da estratégia corporativa. “É de suma importância integrar as estratégias corporativas e de negócios. Isso significa que é necessária uma comunicação efetiva entre os níveis, juntamente com os processos que permitem que os responsáveis pelas decisões cheguem a um consenso sobre as estratégias, as metas e a métrica de desempenho”.

Enquanto a estratégia corporativa se preocupa com gestão de portifólio, unidades de negócios, fusões, aquisições e carteiras de clientes, a estratégia de negócios se preocupa com o lucro “cash cows” (unidades mais lucrativas), e é crítica, importante, e afeta diretamente a execução da estratégia corporativa.

Ele ressaltou que a revisão da estratégia é um método de obter essa integração das estratégias corporativa e de negócios. “As necessidades estratégicas de longo prazo da organização devem ser transformadas em objetivos operacionais de curto prazo, a fim de que seja possível executar a estratégia de forma bem-sucedida”. Para ele, o curto prazo é essencial para uma execução bem-sucedida. “Normalmente os gerentes gastam muito tempo nessa etapa. Faz-se necessário ter objetivos operacionais de curto prazo que forneçam medidas ou métricas que possam ser usadas para avaliar os planos e esforços da execução”, salienta.

A estratégia cria demandas de recursos e capacidades organizacionais. O desenvolvimento de habilidades e competências apropriadas é essencial para a execução bem-sucedida da estratégia. Contudo, o especialista deixa o alerta: “Deve-se tomar muito cuidado na hora de mudar a estratégia ou buscar estratégias diferentes ao mesmo tempo, pois as habilidades e competências necessárias variam de acordo com a estratégia seguida”.

Tecnisa vira e tem prejuízo de R$ 11,3 mi no trimestre

Por Exame
São Paulo - A Tecnisa registrou prejuízo de R$ 11,333 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o lucro de R$ 60,827 milhões no mesmo período de 2011, anunciou a companhia na segunda-feira por meio de comunicado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado atingiu R$ 31,195 milhões de janeiro a março, queda de 71,7% ante os R$ 110,287 milhões apurados em igual intervalo de 2011. A margem Ebitda registrou recuo de 15,3 pontos porcentuais, para 11,2%.

A receita operacional líquida da companhia somou R$ 279,207 milhões no primeiro trimestre, queda de 33% ante janeiro a março do ano passado.

Em abril, a Tecnisa anunciou que as vendas contratadas no primeiro trimestre somaram R$ 253,2 milhões, resultado 53,7% menor em comparação com igual período de 2011. Já a velocidade de vendas, expressa pelo indicador Vendas Sobre Oferta (VSO), foi de 11,6% no trimestre.

Segundo a empresa, o desempenho de vendas de janeiro a março foi afetado pela ausência de lançamentos no período. Para este ano, a companhia pretende lançar R$ 2,2 bilhões em valor geral de vendas (VGV) próprio, volume que pode representar estabilidade em relação ao lançado em 2011.

No primeiro trimestre, a empresa entregou três empreendimentos, totalizando 508 unidades e correspondendo a um VGV Tecnisa de R$ 99,2 milhões. No primeiro trimestre do ano passado, a empresa havia entregue dois empreendimentos, com VGV de R$ 17,0 milhões. A carteira de terrenos da companhia contabilizou um VGV potencial de R$ 8,165 bilhões no período.

A Tecnisa encerrou o primeiro trimestre com R$ 2 bilhões em estoque a valor de mercado, resultado 23% maior em relação ao primeiro trimestre de 2011 e uma queda de 9,9% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

5 CEOs que já deveriam ter sido demitidos, segundo a Forbes

Por Exame
São Paulo – As últimas semanas foram um calvário para Scott Thompson, cujo currículo foi desmascarado por Daniel Loeb, um dos maiores acionistas do Yahoo!. Uma graduação em Ciências da Computação constava entre suas qualificações – mas ele nunca a cursou. O episódio levou Thompson a se demitir da presidência do Yahoo!.

Para Adam Hartung, colaborador da revista americana Forbes, embora grave, o caso de Thompson está longe de ser o pior. O articulista listou cinco executivos que já deveriam ter sido demitidos há tempos. Clique nas fotos e veja quem são:


Para Hartung, John Chambers foi um bom CEO para a Cisco na época das vacas gordas. Comandando a empresa desde 1995, o executivo viu o valor das ações bater no teto em 2001. Desde então, porém, mostrou-se incapaz de conduzi-la em meio à crise e à mudança de tecnologia, com o avanço da computação em nuvem.

Segundo o articulista da Forbes, as três reestruturações efetuadas por Chambers nesse período se parecem mais a “rearranjar as cadeiras no deck do Titanic”. Os investidores perceberam – e a empresa vale, hoje, apenas 24% do que valia em 2001.


Quem pensaria em demitir Jeffrey Immelt, o sucessor de Jack Welch na General Electric? Bom, Hartung é um deles. Em sua opinião, sob Immelt, a GE perdeu aquilo que mais a caracterizava: o poder de criar e inovar mercados.

Immelt careceria da capacidade de inspirar a GE e de lhe dar um rumo, em meio ao avassalador avanço da tecnologia nos dias de hoje.


Mike Duke não deve cair por maus resultados financeiros. O problema, segundo Hartung, seria ético: antes de assumir o comando global do Walmart, em 2009, Duke era o diretor da área de negócios internacionais da empresa. Agora, a empresa é suspeita de, sob seu comando, subornar autoridades mexicanas para acelerar a expansão local.

A suspeita colocaria o Walmart na contramão de uma lei dos Estados Unidos que impede que empresas que operem no país pratiquem qualquer ato ilícito, como o pagamento de propinas.


Edward Lampert é o presidente do conselho de administração da Sears, e não seu presidente executivo, mas isso não o poupou da mira de Hartung. O colunista da Forbes afirma que, na prática, é ele quem dá as cartas na rede de varejo – e o responsável por torná-la “irrelevante” no cenário mundial.

Faltaria a Lampert visão estratégica. Além disso, ele consumiria muito tempo em uma prática condenável para qualquer executivo: a famigerada microgestão.


Steve Ballmer, o presidente da Microsoft, vai colocar à prova sua auto-estima se ler o que Hartung escreveu sobre ele. A expressão mais leve que o colunista da Forbes utiliza é “o pior CEO de uma companhia aberta americana hoje”.

Sob o comando de Ballmer, a Microsoft teria ignorado alguns dos mercados mais lucrativos ou promissores de nosso tempo, como o de música digital e tablets. Além disso, teria envolvido parceiros, como a Dell e a Nokia, em estratégias equivocadas que dragaram também os ganhos dessas companhias.

Cientistas geram eletricidade a partir de vírus

Por Dikajob

Cientistas descobriram um jeito de gerar força usando vírus geneticamente modificados que convertem energia mecânica em eletricidade. O estudo foi publicado no periódico Nature Nanotechnology.
Os pesquisadores usaram um vírus chamado M13 — que só ataca bactérias — para construir um gerador de eletricidade. É o primeiro dispositivo do tipo a produzir eletricidade a partir das propriedades piezoelétricas de um organismo biológico, nesse caso o vírus M13. A piezoeletricidade é o acúmulo de carga elétrica em um sólido em resposta a um estímulo mecânico.
Ao bater os dedos em cima de uma superfície coberta com vírus geneticamente modificados, o dispositivo gera força suficiente para operar uma tela de cristal líquido.
A descoberta pode levar ao desenvolvimento de dispositivos que geram energia a partir de movimentos prosaicos, como fechar uma porta ou subir escadas. O gerador poderia estar embutido na sola do sapato ou na dobradiça da porta.
Primeiro passo - Os M13 se organizam espontaneamente na forma de um plano quando colocados em conjunto. Os pesquisadores descobriram que 20 camadas é o ideal para gerar o efeito mais forte. Quando se aplica pressão no gerador, ele produz 400 milivolts de tensão, pouco menos do que um quarto da tensão de uma pilha comum.
Agora, os cientistas trabalham para melhorar o rendimento do gerador. "Nosso trabalho é um primeiro passo para o desenvolvimento de geradores de eletricidade portáteis e outros dispositivos baseados em bioeletrônica", disse o bioengenheiro Seung-Wuk Lee, um dos autores do estudo.
Saiba mais
Piezoeletricidade
O efeito piezoelétrico foi descoberto em 1880 pelos físicos franceses Jacques e Pierre Curie. Desde então é observado em cristais, cerâmica, ossos, proteínas e DNA. É o acúmulo de carga elétrica em resposta a um estímulo mecânico. A palavra "piezoeletricidade" significa eletricidade resultante da pressão. O exemplo mais comum é o acendedor manual de fogão. Ao ser pressionado ele gera uma faísca.

domingo, 13 de maio de 2012

Pfizer diz adeus às vendas multimilionárias do Lípitor


Por Dikajob
WSJ
Por JONATHAN D. ROCKOFF
Agora é tchau mesmo, Lípitor.
A Pfizer Inc. realizou um experimento intrigante em marketing de marcas este ano, anunciando intensivamente o remédio contra colesterol Lípitor nos Estados Unidos mesmo depois de ter perdido sua patente, em 30 de novembro.
Mas depois de gastar mais de US$ 87 milhões promovendo o Lípitor, a maior farmacêutica do mundo agora decidiu abandonar discretamente o remédio que já foi seu maior gerador de receita, já que mais versões genéricas devem chegar logo às farmácias.

Lípitor perdeu a patente em novembro
Executivos da Pfizer disseram ao The Wall Street Journal que a empresa não está mais negociando novos contratos para vender o Lípitor a planos de saúde, que começaram a fechar acordos para comprar versões genéricas muito mais baratas. A empresa parou recentemente de enviar vendedores a consultórios médicos para promover o Lípitor e parou de anunciar o medicamento em meio impresso, televisivo ou on-line, um gasto publicitário que já chegou a US$ 272 milhões por ano.
"O cenário em geral será muito mais hostil" para a venda do Lípitor aos níveis que a Pfizer já conseguiu, disse Albert Bourla, que comanda a divisão responsável por vender o Lípitor e outros medicamentos da Pfizer cuja patente nos EUA venceu.
O Lípitor, que no auge gerou US$ 12,9 bilhões em vendais anuais para a Pfizer, começou a enfrentar a concorrência dos genéricos assim que a patente venceu, no fim de novembro. Geralmente, as farmacêuticas abandonam o marketing de um remédio quando concorrentes mais baratos chegam ao mercado. Mas a Pfizer tentou espremer o máximo possível de faturamento do Lípitor enquanto a concorrência dos genéricos ainda estava começando, com ajuda de marketing, promoções e descontos substanciais.
Por quanto tempo a Pfizer continuaria com esse esforço era um mistério. Executivos da Pfizer disseram que consideram o plano um sucesso e que o remédio manteve 33% do mercado e gerou US$ 383 milhões em receita nos EUA no primeiro trimestre. Mas agora eles dizem que a empresa não pode esperar que a droga continue gerando essa receita depois de 31 de maio, quando enfrentará uma nova onda de genéricos e o preço deve desabar.
A mudança com o Lípitor é o fim de uma era na farmacêutica sediada em Nova York. O Lípitor, marca criada pela Pfizer para a substância atorvastatina, já chegou a responder por um quarto da receita da Pfizer e a tornou a maior farmacêutica do mundo em vendas. Mas como muitas outras empresas do ramo que perdem a proteção de patentes, ela precisa agora se focar em novos caminhos para crescer. Para o novo estágio em sua evolução, a Pfizer tenta agora se transformar numa empresa mais enxuta.
A Pfizer está reestruturando suas operações para cortar custos e fechou acordo no mês passado para vender seu negócio de nutrição infantil para a Nestlé SA por US$ 11,85 bilhões, como parte dos esforços para se concentrar em medicamentos. A empresa também planeja desmembrar a divisão de saúde animal.

Para continuar crescendo, a empresa precisa elevar as vendas de produtos como a vacina pneumocócica Prevnar 13, que recebeu autorização das autoridades no final do ano passado para pacientes adultos com idades acima de 50 anos, e ter aprovados novos medicamentos. Em uma votação recente, uma comissão de peritos da FDA, a agência que regula o mercado de remédios e alimentos dos Estados Unidos, recomendou a aprovação do tofacitinib, novo medicamento para a artrite reumática da Pfizer.
No entanto, a analista do Credit Suisse Catherine Arnold diz que a Pfizer ainda pode ser grande demais para que os cortes de custos e lançamentos de novas drogas como o tofacitinib tenha um efeito significativo. É preciso muito mais para mudar esse cenário, diz Arnold. "Eles terão que fazer coisas como recomprar mais ações."
A Pfizer disse que recomprou US$ 9 bilhões em ações no ano passado e planeja comprar outros US$ 5 bilhões este ano.
Em seu esforço para arrancar mais vendas do Lípitor, a Pfizer gastou mais de US$ 87 milhões em publicidade, marketing médico e distribuição de amostras desde que perdeu a proteção de patentes em 30 de novembro, de acordo com a Cegedim Strategic Data.
Greg Reeder, que supervisiona o marketing do Lípitor nos EUA, atribui a preservação de mercado da Pfizer à assistência direcionada que a companhia ofereceu para pacientes que optaram por continuar com a marca.
A Pfizer disse que vai continuar a promover a droga em mercados emergentes, onde ela ainda vê oportunidade para vendas substanciais.