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sábado, 8 de agosto de 2009

Comum no inverno, rinite pode comprometer desempenho profissional

MBPRess

Estudo realizado em 2008 e divulgado recentemente durante o XIX Congresso Mundial de Otorrinolaringologia, em São Paulo, mostra que 44% dos brasileiros faltam ao trabalho devido à rinite alérgica. Caso decida permanecer trabalhando durante as crises provocadas pela doença, o profissional ainda está sujeito a perder 40% do seu desempenho.

A pesquisa, intitulada “Alergias na América Latina” (AILA), obteve o relato de 1.088 adultos em oito países. No Brasil, foram feitas entrevistas em oito capitais. Os resultados mostraram, também, que a incidência da rinite cresce nos meses mais frios do ano. Para 33% dos entrevistados, os sintomas agravam-se em junho e para 35%, em julho.

Essa peculiaridade da doença está ligada a uma série de fatores. A diminuição da umidade do ar nesses períodos, sobretudo em grandes cidades, faz com que a poluição concentre-se. As quedas bruscas de temperatura diminuem a capacidade de defesa do sistema imunológico.
Ambientes fechados e, logo, menos arejados, também contribuem para o aumento na transmissão de rinites infecciosas. Todos esses elementos facilitam a propagação de ácaros e poeira, principais causadores da rinite alérgica. Mas tudo isso poderia ser evitado, ou pelo menos atenuado, caso as empresas tomassem alguns cuidados.

Dentre as falhas cometidas pelos gestores, destacam-se a falta de regulagem e limpeza dos equipamentos de ar-condicionado e a utilização de carpetes, facilitadores da existência de ácaros. “Muitas corporações possuem ambientes impróprios para o indivíduo que sofre de alergias”, afirma o otorrinolaringologista Eric Thuler, especialista em rinossinusite (processo inflamatório resultante da composição de sintomas da rinite e da sinusite).

Tais escolhas, aparentemente econômicas, podem culminar em prejuízos financeiros, uma vez que os funcionários rendem menos. “A rinossinusite afeta muito a respiração durante o sono”, explica Thuler. “A pessoa tende a dormir muito mal, e a concentração e a disposição para trabalhar caem no dia seguinte.”
Vítima de crises alérgicas periódicas, a secretária geral do Colégio Santo Américo, de São Paulo, Sandra Regina Esperança, 39, conta que a instituição aboliu o uso de carpetes. “Há algum tempo tínhamos um setor com esse tipo de piso, mas a limpeza era muito difícil de ser feita, nunca ficava bom, e a poeira sempre continuava lá”, descreve.

Para evitar que o desempenho no trabalho fosse prejudicado pela rinite, Sandra adotou medida similar na própria vida pessoal. “Troquei os carpetes da casa inteira e o resultado foi muito satisfatório”, comenta. “A frequência das minhas crises caiu bastante.”

A solução para coibir a perda de produtividade, portanto, é investir em um ambiente mais saudável para os funcionários. O colaborador alérgico, por sua vez, deve procurar auxílio médico e tratar a doença assim que os primeiros sintomas aparecerem.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O lado positivo de usar emprego como "trampolim"

INFOMONEY

A tática é bastante usada no mercado de trabalho, embora não fique explícita: alguns profissionais aceitam um emprego como "trampolim". Isso significa ocupar por alguns meses a vaga para depois conseguir algo que realmente deseja.

Mas a tática tem seu lado positivo e negativo, o que deve ser levado em consideração. De acordo com a consultora comportamental e financeira Suyen Miranda, de qualquer maneira, é importante ocupar uma posição no mercado de trabalho, mesmo que não seja aquilo que se pretende fazer pelo restante da vida.

"Se a situação de desemprego está causando desconforto, indico que pegue a vaga de emprego", disse a consultora para aquelas pessoas que se sentem incomodadas porque estão sem uma colocação. Porém, nestes casos, existe a armadilha de, ao conquistar o cargo, se acomodar e não ir em busca daquilo que realmente deseja, o que pode causar frustrações no futuro.

Perigo é a acomodação

Suyen afirmou que é melhor aceitar empregos e usá-los de "trampolim" do que ficar acomodado em uma vaga. Hoje, o mercado de trabalho já não dá tanta importância quanto no passado para um profissional que muda com certa frequência de emprego. Não se tem mais aquela impressão de que a pessoa tem de passar toda a vida em uma empresa.

O fato de o mercado valorizar um profissional que tenha formação eclética, por exemplo, incentiva as pessoas a passarem por diversas experiências no mercado de trabalho, mesmo que não tenham ligação com o que desejam. "O Caco Barcellos, por exemplo, já foi motorista de táxi, e ganhou muito conhecimento por causa disso", exemplificou.

Além disso, o emprego que é um "trampolim" pode ajudar em âmbito financeiro. Às vezes, ele remunera melhor do que aquela vaga que se pretende ocupar no mercado de trabalho. Enquanto estiver nele, a orientação da consultora é que se faça uma poupança, para poder se adaptar ao mudar de emprego e ver sua renda cair.

"Trampolim" que vira sonho

Ao usar a tática do "trampolim" a pessoa ainda pode identificar uma atividade que realmente gosta de fazer. Por isso não é indicado colocar para a empresa que pretende ficar pouco tempo. Mesmo porque a companhia pode não querer contratá-lo, já que o processo de seleção envolve custos altos, bem como o desligamento de um profissional.

Olhando dessa forma, usar um emprego como "trampolim" não é antiético, já que você está dando uma oportunidade para verificar se gosta daquela atividade, por exemplo. Agora, assumir o cargo e deixar a empresa "na mão" quando ela mais precisa pode fazer com que o profissional fique com uma imagem negativa na empresa.

Suyen indica que o profissional fique um tempo mínimo de seis meses na empresa, para poder aproveitar o conhecimento que ela pode lhe dar.

Experientes x jovens

De acordo com Suyen, antes de entrar na faculdade, é comum encontrar um emprego para "tapar um buraco", seja uma vontade de trabalhar, seja a necessidade de juntar dinheiro. Porém, quando o jovem entra na faculdade, ele tem a vontade de atuar com aquilo que vê na teoria, nas aulas. Já as pessoas com mais responsabilidades financeiras e familiares são guiadas pelo salário e, por isso, topam ocupar uma vaga que não tenha tanta relação com o que gostam. Desta maneira, um emprego que não tem nada a ver com a área de formação é usado como "trampolim".

Mas algumas pessoas querem subir em sua área de formação e trabalham em empresas pequenas para depois ocupar uma vaga naquela sonhada grande companhia. Isso é bastante comum entre jovens que querem subir na vida profissional e que têm o respaldo da família quando o assunto é dinheiro.

Na hora de dizer "tchau"

Seja qual for a sua intenção ao ocupar uma vaga no mercado de trabalho, o fato é que é preciso tomar cuidado quando pedir demissão. "Tem de mostrar que foi uma boa oportunidade de aprendizado, minimizar contratempos e deixar as portas abertas", disse Suyen.

Além disso, por mais que tenha em mente que vai ficar pouco tempo na empresa, dê sempre o seu melhor, para não deixar impressões negativas para trás.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

BRICs têm interesse em sistema de moeda local, diz Meirelles

VALOR ONLINE - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou hoje que os parceiros do Brasil no grupo BRICs - Rússia, Índia e China - já demonstraram interesse em estudar com o Brasil a adoção de um Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), a exemplo do que já vem sendo feito com a Argentina.

De acordo com ele, os bancos centrais da Índia e China já manifestaram intensão de estudar o sistema, pelo qual cada país adota a própria moeda no comércio internacional, abrindo mão do uso do dólar, como ocorre atualmente.

"Recentemente, em visita de uma missão brasileira a Moscou, foi manifestado pelo BC da Rússia o interesse em estudar conosco esse sistema de moedas locais", acrescentou Meirelles.

O presidente do BC admite que, embora tenha havido crescimento do número de operações e do número de empresas participantes do sistema de moedas com a Argentina, ainda é baixo o volume transacionado.

"Os volumes não são grandes por questões de preços, pois muitos deles ainda são fixados em dólar internacionalmente", explicou.

Segundo ele, entretanto, na medida em que o volume negociado pelo sistema com a Argentina se ampliar, e conforme outros países venham a aderir a esse sistema de compensação, tais problemas tendem a ser resolvidos.

Meirelles acrescentou ainda que o próximo país a adotar o sistema será o Uruguai. Segundo ele, as conversas com o país vizinho já estão avançadas e devem podem ser implementadas até o ano que vem, dependendo, apenas, da integração dos sistemas.

Ainda na América do Sul, outro vizinho que "certamente" é candidato a participar deste modelo é o Chile.

domingo, 2 de agosto de 2009

O que diferencia líderes autoritários de exigentes? Veja opinião de especialista

Infomoney

Segundo consultor de RH do Grupo Soma, o líder autoritário é o dono da razão; já o exigente é detalhista.

Conviver com um líder que não aceita diálogo e cuja palavra é sempre a única opção válida não é fácil. Agora imagine um líder detalhista e rigoroso nos seus princípios. Com qual desses dois perfis de gestor você trabalha: o autoritário ou o exigente?

De acordo com o consultor de RH (Recursos Humanos) e diretor executivo do Grupo Soma, Arlindo Felipe Jr., o líder autoritário é o dono da razão, não aceita que a sua equipe opine. Seu lema é: eu mando e você faz. Já o gestor exigente sabe dialogar com os funcionários e conhece muito bem a área sobre a qual é responsável, bem como o mercado no qual atua, por isso tem senso de qualidade exacerbado.

Líder autoritário

Uma das características marcantes do líder autoritário é que ele desenvolve uma gestão por meio da opressão e do medo. "Geralmente, esse líder mostra o erro de um profissional, mas não revela como consertá-lo".

Os impactos para a empresa que conta com a gestão de um líder autoritário, segundo Felipe Jr., são clima organizacional negativo, no qual as pessoas não têm motivação para trabalhar, e altos índices de turnover (rotatividade).

Entretanto, o consultor destaca que, em alguns casos, uma liderança autoritária momentânea pode ser válida. "Em uma reunião de fusão, quando o líder quer impor os valores da empresa para os novos funcionários, ele terá uma posição autoritária. Além disso, nos casos em que o líder tem uma equipe sem estrutura, na qual os funcionários não obedecem as regras e são acomodados, a liderença autoritária é válida.

Líder exigente

Já uma particularidade do gestor exigente, segundo Felipe Jr., é o rigor com os seus princípios. Assim, essa pessoa procura sempre dar o exemplo para que a equipe o siga. "Esse gestor é aberto ao diálogo, desde que as pessoas tenham argumentos mais fortes que o dele. Além disso, esse líder está sempre presente na equipe auxiliando e, quando preciso, colocando a mão na massa".

O consultor ressalta ainda que esse líder pode trazer benefícios para a equipe, se for bem interpretado. "Se a equipe souber aproveitar a presença desse líder, ela irá crescer profissionalmente, já que esse perfil de gestor ajuda os seus profissionais a desenvolverem seus pontos fracos".