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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

EMS vai inaugurar nova fábrica no Distrito Federal

Correio Braziliense

O Governo do Distrito Federal anunciou acordo no valor de R$ 150 milhões com a EMS Pharma, uma gigante do setor farmacêutico. Segundo o DF, o investimento da empresa é para montar uma filial da fábrica, com foco na produção de antibióticos e hormônios para exportação. No país, há outras duas sedes do laboratório, nas cidades de São Bernardo do Campo e de Hortolândia, em São Paulo. A expectativa é de que a construção da sede em Brasília seja no Polo de Desenvolvimento Juscelino Kubitschek, embora o anuncio formal ainda não tenha sido feito. O local é o mesmo da União Química, também produtora de medicamentos.

A EMS Pharma não confirmou oficialmente o investimento. De acordo com a empresa, o projeto ainda está em fase embrionária. O governo espera que a instalação da empresa crie 300 empregos diretos e 500 indiretos. Para o secretário de Ciência e Tecnologia, Gastão Ramos, que esteve reunido com representantes da EMS Pharma nesta semana, os benefícios da vinda desta indústria vão além da criação de empregos. “Há um profundo envolvimento dos laboratórios com a área de pesquisas. Portanto podemos esperar novos investimentos no setor, nas escolas e nas universidades. Além disso, um percentual do faturamento será aplicado em projetos de capacitação de pessoas, no desenvolvimento e na inovação”, acredita.


O economista da Universidade de Brasília (UnB) Jorge Nogueira faz ressalvas. Segundo ele, a vinda da fábrica para o Distrito Federal só trará impactos positivos se também houver, por parte do governo, outros estímulos direcionados aos setores que as abastecem. “Tem de haver uma política para aumentar os elos desta produção. Ou seja, facilitar a vinda de fornecedores de insumos e a criação de novas farmácias, por exemplo. Se não houver um planejamento que estimule essa cadeia, antes e depois da produção, os efeitos do investimento no DF serão pequenos”, diz.


Além disso, o especialista afirma que a intenção inicial da EMS Pharma de produzir e exportar também dificulta a expansão do mercado. “Corremos o risco de ter no DF uma empresa que mande toda a produção para o exterior sem olhar para o mercado local. Nesse sentido, outras empresas que poderiam se interessar em acompanhar o movimento podem preferir se instalar em outros estados, que tenham mais incentivos, como Goiás”.


Em nota, o governador Agnelo Queiroz atribuiu a vinda da fábrica ao aumento de credibilidade trazido pela própria gestão. “As empresas vão saber que aqui não serão mantidas aquelas velhas práticas que abalaram a nossa capital. Aqui, será um local bom para se investir, o que gerará benefícios para a nossa economia local.” Os incentivos oferecidos para que a nova empresa se instale na capital não foram divulgados.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

TAM e Gol são as últimas em ranking mundial de segurança aérea

Portal EXAME

São Paulo - A TAM e a Gol estão entre as protagonistas de alguns dos acidentes mais graves envolvendo as grandes companhias aéreas dos últimos 30 anos. As duas empresas ocupam, respectivamente, a última e a antepenúltima posição no ranking de 2010 da Jet Airliner Crash Data Evaluation Center (Jacdec), instituição alemã que compila registros de acidentes aéreos envolvendo as 60 maiores companhias do mundo.

O ranking considera acidentes com mortes ou perda total de aeronaves desde 1980. A TAM figura na 60ª posição, a mesma de 2009, com seis acidentes com 336 mortes. Já a Gol subiu uma posição e foi para o 58º lugar. Fundada em 2001, a companhia registrou apenas um acidente grave em sua breve história, o choque de seu Boeing 737 com o jato Legacy, que deixou 154 mortes em 2006. Em nota, a companhia inclusive ressalva que o relatório conclusivo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) aponta que a Gol não foi a agente causadora do acidente.

Ter uma má colocação, portanto, não significa que as companhias brasileiras são as que registram mais acidentes ou mais mortes. A elaboração do ranking não considera as motivações dos acidentes, e leva em conta toda uma combinação de fatores, como o número total de acidentes graves nos últimos 30 anos, a data de fundação da companhia (se for uma empresa jovem com muitos acidentes pode ser mau sinal), o número de mortes e o número de anos decorridos desde o acidente mais grave.

A China Airlines, por exemplo, 59ª colocada no ranking, teve nove acidentes com 755 mortes, o maior número de mortes registrado por uma única companhia. No entanto, o acidente mais grave da empresa, que custou a vida de 262 pessoas, é mais antigo que os das brasileiras, datando de 1994.

Outras grandes companhias também apresentaram dados preocupantes, embora estejam em posições mais altas. O maior número de acidentes foi apresentado pela Russian Airlines, dona da 35ª posição. Foram 11 ocorrências e 182 mortes. A American Airlines, na 40ª posição, também apresentou uma quantidade alta de acidentes e mortes, apesar da colocação. Suas 10 ocorrências custaram a vida de nada menos que 587 pessoas, a quarta maior cifra do ranking.

Outro lado

Já as 19 primeiras colocadas do ranking não registraram um acidente grave sequer desde 1980 ou desde sua fundação, se a companhia for mais jovem. É o caso da Qantas, da Finnair, da Air New Zealand, da TAP Portugal e da Cathay Pacific Airways, as cinco primeiras colocadas. Outra boa notícia é que de todos os acidentes com mortes no ano passado, nenhum deles envolveu uma das 60 maiores companhias do mundo.

Apesar dessas cifras, o estudo do Jacdec não pode ser considerado um ranking das companhias aéreas mais seguras ou inseguras do mundo, uma vez que não existe nenhum estudo preciso nesse sentido no mundo. A ausência de padronização para os dados e a raridade de acidentes graves em relação ao número de companhias e de voos impedem a formação de um banco de dados confiável para determinar, estatisticamente, quais as companhias mais perigosas ou seguras.

Além disso, as 60 companhias aéreas que aparecem no ranking seguem os padrões internacionais de segurança. Em nota à imprensa, tanto a Gol quanto a TAM destacam que seguem os padrões de segurança estabelecido por autoridades internacionais, sendo certificadas pela IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo) com o IOSA (IATA Operational Safety Audit), reconhecido como padrão mundial para avaliação e gerenciamento da segurança operacional e de controle das empresas aéreas.