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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Rede RaiaDrogasil muda negociação com laboratórios

Por VALOR ECONOMICO

A RaiaDrogasil, maior rede de drogarias do país, decidiu fazer uma mudança em sua estratégia de compras que inverte a lógica na relação entre indústria farmacêutica e o varejo. A empresa acabou com a chamada "verba de mídia" que recebia, em formato de desconto, na compra de medicamentos genéricos de grandes laboratórios.

No modelo anterior, a rede recebia um desconto negociado no valor de determinados produtos. Essa redução diminuia o seu custo de aquisição e aumentava a margem bruta. O laboratório, por sua vez, ganhava porque negociava a venda de volumes maiores de mercadorias nas quais quer ganhar mercado, como lançamentos, arcando com esse benefício ao varejo.

A questão é que nesse jogo de "ganha-ganha" havia uma alta volatilidade dos preços. Em determinados períodos o desconto subia ou caía, a depender da política de negociação do laboratório. Sem o desconto, o preço fica mais estável, mas a margem bruta da rede encolhe num primeiro momento. Isso ocorreu nos resultados do segundo trimestre da RaiaDrogasil, quando a margem diminuiu em 1,1 ponto sobre 2012 e 0,4 ponto veio da alteração na estratégia. Questionada pelos analistas na sexta-feira, em teleconferência, sobre como ficam as relações com a indústria com isso, a rede informa que não existiram problemas.

"Antes, se eu comprava mais, a margem subia e se não comprava, ela caía. Agora tenho uma margem mais realista", disse Eugênio de Zagottis, diretor de relações com investidores e planejamento.

Analistas ouvidos ontem acreditam que a mudança tenha a ver com um novo movimento dos laboratórios, como EMS e Medley, de trabalhar preços de forma mais racional, com menos descontos nos genéricos. Com essa tendência, a varejista pode ter decidido se movimentar para buscar um outro modelo de negociação, segundo um analista ouvido. A companhia nega que a mudança seja reflexo da redução de descontos.

A alteração acontece num ambiente econômico mais "desafiador", afetado pelo ritmo de confiança menor do consumidor, diz a rede. Além disso, neste momento a Raia Drogasil passa pelo seu processo de integração das duas redes, iniciado em 2011, e que aumenta despesas não recorrentes, pressionando resultados. Essas despesas ainda devem se repetir no segundo semestre, pois o processo de integração da Raia Drogasil deve ser finalizado ao fim do primeiro semestre de 2014, disse Zagottis. A partir de setembro, a rede vai operar a primeira loja da Raia que receberá produtos dos centros de distribuição da Drogasil.

Relatórios de analistas mantém visão positiva da empresa com base em alguns aspectos, como o fato de estar num mercado mais resiliente, pelo trabalho contínuo de ganho de sinergias na integração, e pelo ritmo ainda forte de vendas nos últimos trimestres.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

"Dinheiro e estabilidade não seguram mais os funcionários"

Por computerworld


Depois de oito edições da lista das Melhores Empresas para Trabalhar em TI e Telecom, é inegável que o aprendizado sobre gestão e inovação tenha crescido enormemente, Em 2006, quando o Great Place to Work® iniciou o estudo no Brasil, com o corte inédito no mundo [voltado ao segmento de tecnologia da informação e telecomunicações], a lista integrou apenas 30 empresas. Desde 2012, a lista atingiu 100 companhias e ganhou novidades importantes.

“Atingimos as 100 empresas um ano mais cedo do que prevíamos e mantivemos com tranquilidade o mesmo número, o que mostra que a lista está muito qualificada. As médias das dimensões está compatível com o mundo e com as grandes empresas da lista geral. O setor de TIC brasileiro está fazendo a lição de casa”, comemora Ruy Shiozawa, CEO da Great Place to Work® Brasil.

Shiozawa destaca alguns itens importantes no estudo de 2013, como um novo fator de retenção que foi incluído na lista de perguntas: o alinhamento dos valores pessoais com os da empresa. “Esse fator não existia no ano passado e este ano já apareceu com 12% das respostas, com índice de confiança alto, de 88 pontos”, diz Shiozawa.

Segundo ele, é indicativo de que as Melhores Empresas Para Trabalhar são aquelas que prestam menos atenção aos valores técnicos e mais atenção aos valores culturais.  “A oportunidade de crescer e se desenvolver profissionalmente, somada com o alinhamento de valores e a qualidade de vida superam, de longe, questões como remuneração e estabilidade”, diz Shiozawa

Outro fator importante é a comunicação. “a quantidade de feedbacks [formais ou informais] que os funcionários receberam é muito importante e impacta consideravelmente o índice de confiança do funcionário com a empresa”, alerta Shiozawa.

A comunicação, segundo o executivo, é fundamental também para elevar o índice de confiança dos funcionários na habilidade das empresas de se manter imparciais. “A nota de imparcialidade é sempre mais baixa em todas as listas que fazemos, porque exige sempre que as empresas sejam muito claras nas regras e na aplicação delas. O que notamos na lista de 2013 é que essa é a nota que mais cresceu desde 2006”, celebra.

Acompanhe a seguir mais revelações sobre os caminhos para arrebatar um lugar na cobiçada lista do Great Place to Work®.

COMPUTERWORLD - Com dois anos difíceis economicamente no mundo, como você avalia os resultados das empresas que participaram da pesquisa CEO da Great Place to Work® Brasil de 2013 x 2012?

RUY SHIOZAWA - Creio que o setor de TI & Telecom está dando um excelente exemplo ao mercado brasileiro. Apesar de lidarem o dia todo com tecnologia e processos, as melhores empresa do setor acreditam – e demonstram isso na prática, não apenas em palavras – que uma excelente gestão de pessoas é fator crítico de sucesso para atrair ou desenvolver os melhores talentos do mercado. Com isso obtêm maior produtividade, maior qualidade, maior satisfação de clientes. Portanto, geram resultados de negócios muito mais expressivos que seus competidores que passam o tempo reclamando da crise e vendo seus melhores talentos – e os clientes – migrarem para outras empresas.

 

CW - A pesquisa GPTW® 2013 mostra que a geração millennial ganhou mais postos de trabalho nas empresas participantes.  O que isso impacta, na sua avaliação, na retenção de talentos?

SHIOZAWA - Equipes mais jovens precisam basicamente de duas coisas: treinamento e acompanhamento. Primeiro, a questão treinamento e desenvolvimento, precisa ser endereçada de todas as formas possíveis: sala de aula, feedback, coaching, desenvolvimento no dia-a-dia. O acompanhamento, por mais contraditório que pareça, precisa ser feito muito de perto. Digo que parece contraditório porque é uma característica importante das gerações mais novas: ao mesmo tempo que elas exigem autonomia e flexibilidade, também pedem – e precisam – de acompanhamento e orientação. Por ser uma geração com senso critico acirrado, as orientações precisam chegar com explicação, lógica e coerência. Não quer dizer que elas estejam rejeitando orientações e diretrizes, ao contrário. Mas precisam “comprar” as idéias, exigindo muito mais dos gestores. E é exatamente aqui que as Melhores Empresas para Trabalhar se destacam: na preparação de seus gestores e também dos futuros líderes !

 

CW -  O estudo GPTW® 2013 traz à tona um quinto elemento como fator de retenção – a convergência dos valores pessoais com os valores corporativos – que vocês agregaram na lista de perguntas. Pode falar mais sobre isso?

SHIOZAWA - Este aspecto começou a surgir espontaneamente na pesquisa nas ultimas edições. Muitos funcionários comentavam que esse alinhamento de valores pessoais e da organização era um fator muito forte para o seu comprometimento e dedicação ao trabalho, ou seja, fazer alguma coisa em que realmente se acredita. Na direção contrária, outros funcionários comentavam que na primeira oportunidade iriam deixar a empresa pois não era possível conviver em um ambiente onde houvesse conflito claro de valores. Percebam como este aspecto é relevante – e por isso foi incluído como novo fator de retenção nesta edição da pesquisa: analisando cada um dos fatores, descobrimos que os colaboradores que apontam o alinhamento de valores como principal motivo para permanecer na empresa são também aqueles que apresentam o maior índice de confiança (88, em uma escala de zero a 100), contra apenas 67 do grupo que aponta a remuneração e o pacote de benefícios como maior atrativo.

 

CW -  O que, na sua opinião, se mostra mais vital para uma companhia manter seu nível de confiança elevado entre seus colaboradores? Alguma novidade este ano?

SHIOZAWA - Uma nova questão foi incluída na pesquisa deste ano, por sugestão de uma grande multinacional de tecnologia. A questão é: “Indique a quantidade de reuniões que você teve com seu chefe imediato para discutir seu desempenho ou receber feedback, nos últimos 12 meses”. E o resultado é impressionante. Para aqueles que responderam “nenhuma vez”, o índice de confiança na empresa é de 61, ou seja, bastante baixo comparado à media geral de 82. Para aqueles que responderam “mais de duas”, o índice cresce para 88. Conclusão: quanto mais conversas individuais do gestor com sua equipe, maior o índice de confiança, mesmo que nenhuma outra ação esteja sendo implementada. As pessoas precisam de atenção, orientação feedback. Este é o passo mais importante para o crescimento e desenvolvimento profissional.

 

CW -  Do lado do colaborador, o que vale mais para uma empresa: conhecimento ou vontade de descobrir novas coisas?

SHIOZAWA - Não há dúvida de que as empresas buscam gerar estímulos para que seus colaboradores estejam permanentemente buscando o novo, seja a aplicação de um nova tecnologia, sejam novas formas de tocar o dia-a-dia com mais eficácia, qualidade ou satisfação de clientes. Por isso, a pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar tem estimulado a adoção do processo de treinamento 70-20-10. Isso quer dizer que do tempo total dedicado ao desenvolvimento de pessoal, 10% estão voltados a cursos formais em sala de aula; 20% a processos como coaching e monitoria e 70% de aprendizado no dia-a-dia, com o líder e equipe. Obviamente, os gestores precisam estar capacitados para oferecer este treinamento “on-the-job”. A era do famoso “vai lá e se vira” acabou. Isso significa que agora, para ser um bom gestor, o profissional precisa dedicar atenção a cada colaborador, entender as necessidades de desenvolvimento de cada um, dar muito feedback, manter a proximidade, estar presente.

 

CW -  Os CEOs vêm sendo muito cobrados para participar de redes sociais como forma de aproximar suas empresas de seus consumidores. E qual a recomendação mais importante para aproximar suas empresas de seus colaboradores?

SHIOZAWA - Acredito que a palavra chave para uma ótima gestão de pessoas é proximidade. Analisando o perfil dos presidentes das Melhores Empresas para Trabalhar, percebe-se que a grande maioria dedica parte de seu tempo para andar pela empresa, viajar para todas as suas unidades, conversar com as pessoas, ouvi-las em seu local de trabalho, interagir com as equipes. Desde que exista essa plataforma de proximidade, todas as ferramentas disponíveis para intensificar esse relacionamento são extremamente bem vindas e, claro, as redes sociais encaixam-se neste conceito. Como sempre, a tecnologia e as ferramentas estão disponíveis para todos. No entanto, sua implementação varia enormemente de uma empresa para outra. Quando se trata de confiança dos colaboradores, o segredo está na proximidade dos gestores com suas equipes, mesmo que à distância. E nisso possivelmente as redes sociais podem colaborar.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Multinacional anuncia fábrica de medicamentos biológicos no Brasil

A Novartis no Brasil deve instalar uma fábrica de vacinas no Brasil, informa reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico. A companhia planeja desembolsar US$ 470 milhões no projeto, adquiriu o terreno em Jaboatão dos Guararapes (PE) e deu início às obras, disse ao periódico Joseph Jimenez, presidente global da companhia suíça.


Essa unidade deverá produzir, inicialmente, componentes para a fabricação da vacina para combate à meningite B. As obras estão previstas para terminarem no segundo semestre de 2014. A partir daí, a companhia pedirá aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início às operações, previstas para o início de 2016, com 120 empregos diretos.
A Novartis é uma das multinacionais que possuem acordos de transferência de tecnologia com o governo federal para importantes tratamentos. A companhia tem três acordos de Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), sob coordenação do Ministério da Saúde, que prevê transferência de tecnologia para produzir, em laboratório público, medicamentos para tratamento de pacientes submetidos a transplantes. 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

AstraZeneca compra farmacêutica Pearl por até US$1,15 bi

Portal Exame


Londres - A AstraZenecaanunciou nesta segunda-feira que vai comprar a companhia norte-americana especializada em medicamentos respiratórios Pearl Therapeutics por até 1,15 bilhão de dólares.

A aquisição da companhia privada garante à AstraZeneca uma posição no mercado emergente para uma nova classe de tratamentos pulmonares conhecidos como medicamentos LABA/LAMA, que prometem melhorar a adesão do paciente e controle de doença, sem esteroides.

A compra da Pearl, com sede na Califórnia, preencherá uma lacuna no portfólio respiratório da AstraZeneca, embora ela ainda estará atrás de rivais que incluem GlaxoSmithKline e Novartis, na corrida para desenvolver o novo tipo de droga inalada.

A AstraZeneca pagará inicialmente 560 milhões de dólares, e mais até 450 milhões de dólares, se alguns marcos de desenvolvimento forem atingidos, bem como pagamentos relacionados a vendas de até mais de 140 milhões de dólares A transação é uma importante aposta do novo presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, que assumiu em outubro passado, para a área de produtos respiratórios, identificada como uma área de terapia essencial para a empresa.

O acordo é a segunda aquisição de Soriot em duas semanas, após a compra da Omthera Pharmaceuticals por 443 milhões de dólares para fortalecer a área de medicamentos cardiovasculares.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Novartis processada por subornar médicos

Entre as acções descritas no processo judicial, a companhia pagava banquetes, viagens e honorários aos médicos que recomendassem a compra dos seus medicamentos.

“Os pacientes merecem cuidados médicos baseados no juízo médico objectivo do clínico, não em função dos seus interesses financeiros pessoais”, acrescentou o procurador.

Em concreto os investigadores federais assinalaram que a Novartis pagou a médicos várias convenções médicas para que receitassem medicamentos como Lotrel e Valtruna para a hipertensão, ou Starlix para a diabetes.

Este é o segundo processo contra a Novartis por parte das autoridades norte americanas por induzir certas farmácias a receitar a pacientes de transplantes de rins o seu produto Myfortic.

A companhia multinacional farmacêutica, com sede na Suíça, afirmou que se irá “defender dos processos judiciais” e rejeitou as acusações.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cientistas anunciam cura para cabelos brancos e vitiligo

Por Dikajob


Cientistas europeus afirmam ter encontrado uma forma de reverter o aparecimento dos cabelos brancos e até mesmo a perda de cabelo.

Mais do que isso, o composto agora descoberto conseguiu reverter a descoloração da pele ocasionada pelo vitiligo.

Karin Schallreuter e seus colegas da Universidade Arndt (Alemanha) divulgaram a descoberta do composto, chamado pseudocatalase, na revista científica The FASEB Journal.

Segundo os pesquisadores, o embranquecimento dos cabelos é precedido por um estresse oxidativo maciço nos folículos, que resulta no acúmulo de peróxido de hidrogênio na raiz do cabelo.

Cura para cabelos brancos e vitiligo

Essa acumulação de peróxido de hidrogênio foi revertida com o uso de um composto tópico, aplicado localmente, ativado pelos raios ultravioleta B (UVB).

O composto, chamado PC-KUS, uma pseudocatalase modificada, já foi patenteado e deverá ser comercializado em breve.

Os testes mostraram que o mesmo tratamento funcionou para alguns tipos de vitiligo - uma condição marcada por uma descoloração da pele.

"Durante gerações, muitos remédios têm tentado esconder os cabelos brancos. Agora, pela primeira vez, um tratamento real que age na raiz do problema foi desenvolvido," comentou o Dr. Gerald Weissmann, editor da revista científica que publicou o artigo.

"Mesmo sendo uma notícia espetacular, o que é ainda mais interessante é que o tratamento também funciona para o vitiligo. Esta condição, embora tecnicamente seja apenas estética, pode ter graves efeitos socioemocionais para as pessoas. O desenvolvimento de um tratamento eficaz para esta condição tem o potencial para melhorar radicalmente a vida de muitas pessoas," concluiu Weissmann.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Novo modelo para executivos da indústria farmacêutica

Por Dikajob

A indústria farmacêutica tem sofrido profundas alterações nos últimos anos, principalmente no que diz respeito à atração e retenção dos altos executivos. Pode-se dizer que a grande responsável por esta mudança é a quebra de patentes de medicamentos de massa, movimento fortalecido no início de 2010 e que colocou o segmento farmacêutico em um patamar jamais imaginado, promovendo um cenário de grande concorrência com a entrada dos grandes laboratórios de genéricos.Segundo a percepção dos próprios executivos deste mercado, o segmento sofre para se adaptar a esta nova realidade, já que a falta de profissionais experientes no setor é dramática, e os custos com mão de obra foram duas vezes maiores que a inflação nos últimos cinco anos, devendo seguir essa tendência no futuro. Além deste fator, existe também uma grande dificuldade por parte das empresas em ter um pipeline (planejamento) de sucessores, já que o mercado mudou muito e o fluxo de oportunidades no exterior não atraiu muitos brasileiros para expatriação. Com isso, o país busca executivos de todas as partes do globo, informação esta validada pela imigração brasileira, que emitiu mais de 73 mil vistos de trabalho em 2012, o que significa um aumento de 46% quando comparado ao ano de 2011.
Esse contexto obriga a indústria farmacêutica a buscar novos caminhos para manter os lucros e se diferenciar diante dos seus players. As mudanças mais evidentes são transformações em inovação, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, e a atração e retenção executiva diferenciada. Tudo isso para levar o setor a outro patamar, e recuperar a desempenho de antes.
Segundo levantamento feito pela AESC (Association of Executive Search Consultants), mais de 50% dos recrutadores tem dificuldade para concluir as posições no Brasil, contra 40% na China e 15% na Índia, colocando o Brasil entre um dos principais países a enfrentar escassez de profissionais. Devi-do ao crescimento esperado para 2013, o setor de Life Sciences deve ser um dos mais atingidos, sendo as posições técnicas, especificamente que exigem conhecimento nas áreas médicas, assuntos regulatórios, pesquisa clínica, qualidade e pesquisa e desenvolvimento, além de gerentes gerais e presidência, serão as mais difíceis de serem trabalhadas. Dentro do setor farmacêutico, a demanda de executivos para vendas, finanças, marketing e CEO’s é maior para empresas com forte atuação em Primary Care, Especialidades e Medical Devices.
Como uma resposta à nova realidade, nos últimos dois anos a Fesa identificou que 47% dos profissionais contratados para as empresas de Life Sciences, originaram-se do segmento de bens de consumo, mercado conhecido por profissionais com perfil arrojado e competitivo, declarando a nova postura de um setor que começa a responder as mudanças com novas formas de atuação.
O conservadorismo e formato inflexível de outrora sai de cena e abre es-paço para a diversidade de profissionais e investimento maior na estratégia de pessoas, transformando para sempre um mercado que nunca deixou de ser promissor.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Liderança e RH: quais são as novas tendências para o mercado?

Por Administradores.com.br




Entrevista do belga-suíço Didier Marlier, especialista em gestão e liderança, falando como o estilo de liderança e a gestão têm que evoluir para que as empresas sobrevivam à ruptura da economia

“O mundo não para”. A frase não poderia ser a mais clichê, mas, sem dúvida, é uma das mais verdadeiras. E se “o mundo não para”, os elementos presentes nele também não. Através dessa evolução e constante mudança, a nossa vida é diretamente afetada em diversas áreas. As rotinas de trabalho, a sua carreira, o dia-a-dia das empresas, todos eles estão inseridos nesse contingente que está à mercê de mutações. Ficar parado no tempo e não se adaptar a essas transformações pode ser um caminho - sem volta – rumo ao fracasso.



O termo liderança virou moda. Todo mundo hoje quer ser ou ter características de um líder. Até que ponto isso é positivo e negativo dentro de uma organização?

Essa é uma das características de um mundo em plena mudança. Antigamente, o conhecimento era a arma do poder entre as mãos dos “chefes”. Hoje em dia o conhecimento está na ponta dos dedos de qualquer um que tem acesso à internet. As grandes escolas (Harvard, M.I.T. etc.) colocam seus cursos de graça nos seus websites e grandes ONG estão espalhando aulas para todos. Recentemente, um dos estrategistas da Cisco viu que uma das 5 maiores revoluções do próximo futuro ia ser a democratização do ensino... Espero que ele tenha razão. Mas isso faz que a “arma do conhecimento” caia das mãos dos líderes e que todos hoje se sintam mais capazes a tomar decisões e liderar.

Vou estabelecer um paralelo aqui: está sendo estimado que o cérebro humano recebe e processa 11 bilhões de bits de informações por segundo! E sobre esses 11 bilhões, o cérebro “consciente” apenas consegue tratar entre 50 e 70... A comparação que faço é que, numa empresa, a diretoria faz o papel deste cérebro consciente. O problema e o perigo são que, hoje em dia, com o aumento da complexidade, dos riscos de caos, das oportunidades e ameaças de rupturas (tecnológicas, sociais, políticas etc...) esse cérebro consciente deveria ter capacidade de processar muito mais que 50 e 70 de informação a cada segundo.

A boa notícia está que, muitos (não todos) liderados estão dispostos e capazes de fornecer esta matéria cerebral extra que falta para a diretoria. As boas intenções estão lá, as competências também. Os liderados estão se disponibilizando para assumir mais tarefas e papel de liderança.

Então, muito mais pessoas estão se disponibilizando a assumir um papel de liderança e esta é uma coisa excelente por si. Agora, seguindo a metáfora, temos que ter certeza que eles ajudam de verdade essa diretoria, dando mais capacidade de processar informações.

Em sua palestra no Brasil você destacou: "empresas que acham que só a diretoria faz estratégias são dinossauros". Isso quer dizer que as empresas devem colocar os funcionários no processo de decisão da companhia? A ideia seria estimular a inovação em todas as áreas?

Numa empresa, muitas pessoas não estão interessadas ou não tem a competência, a curiosidade para estabelecer estratégias. Então não adianta “forçar” eles a co-criar a estratégia. O que estou dizendo é o seguinte: Sim, continuará sendo o papel da diretoria de “adivinhar o futuro” para os cinco próximos anos. Essa diretoria criará um maravilhoso PowerPoint, estabelecerá planos e roadmaps. Isso é a moda antiga de fazer e que funcionava nos tempos “simples e complicados”.

Em ambientes “complexos e caóticos” essa estratégia de dinossauros não é suficiente. Teremos que passar do conceito de estratégia, como um documento estabelecido por uma elite (diretoria) e planejar os próximos anos (e não só a diretoria) para qualquer futuro que seja, em vez de adivinha-lo.

O processo de estratégias tenta de: 1) criar uma organização inteligente (em vez de manter a inteligência ao nível elitista da Diretoria), aproveitando essa onda de pessoas formadas e competentes, querendo jogar mais um papel de líder; 2) desenvolver a organização e os liderados: o processo de estratégia, a fim de evitar ao que me referi como “câncer” (uma multiplicação desordenada de iniciativas, ordens e contraordens); 3) acrescentar a motivação dentro da empresa. Se me sinto fazendo parte do processo estratégico da empresa, vou “vestir muito mais a camisa” do que se me considero um simples peão pago para minha presença horaria.

Setores de recursos humanos, da maioria das organizações, ainda são pouco inovadoras. Qual o motivo disso e como quebrar essa barreira nessa área especificamente?

Não conheço suficientemente bem o Brasil para emitir uma opinião certa no assunto, mas devo admitir que o sentimento que tenho em geral é de uma função RH bastante conservadora e que não joga suficientemente seu papel de provocadora e “sparing partner” (termo de luta para descrever os lutadores que treinam o campeão) da Diretoria.

Vejo um motivo histórico para isso: a função foi considerada como um “mal necessário” durante muito tempo e relegada a processos jurídicos, de pagamento e controle em vez de ser realmente uma parte dos processo estratégico cuidando e desenvolvendo o ativo mais importante: as pessoas.

A função RH no Brasil sofre do peso de uma burocracia incrível e que até agora não vejo em nenhum outro país. É uma coisa grave porque absorve muitos recursos para execução de tarefas desnecessárias. Quando comparo o peso em cima dos ombros de um oficial de RH no Brasil ao que existe num país realmente liberal-capitalista como a Suíça, imagino que o RH Brasileiro está sofrendo de uma desvantagem competitiva gravíssima em termos de padrões internacionais.

Isso falado esta sendo de fato importante que a função se sinta responsável dessa gigantesca transformação que espera as empresas em termos de:

- Passar do conceito único de estratégia ao processo de estratégia;

- Passar de uma organização piramidal e hierárquica a um organismo conectado;

- Passar de um estilo de liderança “Senioridade = Superioridade” a um estilo Liderança engajadora.

Que empresas, hoje, você destacaria que estão realizando esse processo de co-criar com seus funcionários?

Sob o comando de líderes visionarios e “ligados” diria que várias empresas a níveis diferentes estão “à caminho”. Mas por exemplo, durante uma recente visita a “Vagas.com” do Mario Kaphan me impressionou bastante: Todos os funcionários estão convidados a participar do processo de elaboração da estratégia, não tem hierarquia, etc... É uma empresa que vou continuar a estudar. Mas posso mencionar também a Nextel (quando era liderada pelo Sergio Chaia), a Elekeiroz do Marcos Demarchi, a Dow do Pedro Suarez, por exemplo.

Esses lideres estão convencidos que tem que criar empresas inteligentes, alinhadas atrás de um propósito superior e comum, onde a informação flui rapidamente e as pessoas, cada pessoa se sente “dono do negócio” e autorizada a pensar estrategicamente.

Você citou também na palestra também que estamos vivendo a "economia de rupturas". O que exatamente seria isso e qual a relação dela nesse modelo de liderança e do RH buscar a co-criação?

A “economia de rupturas” é precisamente o motivo dessas mudanças profundas e necessárias em termos de estratégia, organização e liderança. Antigamente, seus competidores estavam identificados e sua empresa tinha tempo e recursos para reagir contra os movimentos deles. Isso foi até um passado recente. Lembro-me da quais obsessão, da fixação que os concorrentes da Apple na área, por exemplo, de telefones, tinham sobre o provável próximo passo da empresa do Steve Jobs. Ele tinha conseguido “fixar” as mentes e as energias delas sobre o que ele ia ou não ia fazer, impedindo lhes de estar realmente criativos.

Hoje seu concorrente pode surgir de qualquer lugar, estar um total desconhecido na sua área e até lhe destruir sem mesmo querer. Outro dia, pegando um taxi em São Paulo, vi que o taxista usava o mesmo Samsung Galaxy que o meu. Mas ele o usava com um app destinado a conectar motoristas com cliente diretamente. A vantagem estava clara: um custo incomparável, uma quantidade de clientes superior e corridas sempre cheias. Para os clientes, menos tempo de espera, a escolha garantida do taxi mais próximo e mais segurança. Esse esquema deveria acabar com os rádios taxis em pouco tempo (a melhor prova é que eles estão tentando atacar legalmente este software...).

O software foi criado em Nova York por um cliente frustrado de esperar para o motoboy encarregado de livrar a Pizza dele. Ele montou uma empresa onde os clientes registrados podiam seguir o caminho das suas pizzas porque cada moto ou bicicleta tinha um GPS. Esse sistema foi usado para taxis e aqui estamos. A Nokia provavelmente matou a Kodak sem querer, no dia que decidiu colocar câmeras “de graça” na maioria dos fones que vendia, imitada pelos outros.

A Google poderia acabar com empreses de telefone móveis se sua iniciativa O.3.B. der certo. As O.3.B. deveria lançar satélites dando acesso de graça a telefonia para vários países da África. Se isso funciona, nada os impediria de generalizar para o mundo. Se um dia a Google quiser pedir a cada um para ter esse livre acesso a telefonia móvel por satélite de abrir uma conta num banco de varejo virtual, a “Google Bank” poderia se tornar o maior banco de varejo.

Vivemos hoje num mundo onde as rupturas tecnológicas, mas também de meio-ambiente, sociedade, geopolítica e de valores estão acelerando e saindo dos confortáveis padrões que conhecemos ate agora.

Um livro chamado Wikinomics lançou o conceito do que o fenômeno de fonte aberta (open source) ia desafiar o modelo do capitalismo tradicional, a crise de 2008 faz vacilar o “capitalismo financeiro” e emergem gritos para um “Capitalismo Autentico” até nas escolas de Wharton e Harvard que nunca foram exemplo de vanguarda e socialismo... Hoje, meu colega e amigo, o futurólogo Gerd Leonhard e eu falamos de Economia de Rupturas porque essas estão acontecendo e podem estar vistas como ameaças ou oportunidades, dependendo do seu nível de preparo.

Como uma empresa pode se dar bem nessa “economia de rupturas?”

A Economia de Ruptura terá três consequências maiores sobre as empresas e as desafiará em três níveis:

1) Estratégia: no momento a estratégia é o privilegio da diretoria. Inconscientemente, trata-se de “adivinhar o futuro”. A estratégia acaba sendo um documento, acompanhado de planos de ações e “roadmaps” para que essa “aposta no futuro” se realize. Esse documento, feito em isolação do resto dos funcionários, terá que ser “vendido” para eles depois pela Diretoria.

A Economia de Ruptura com suas oportunidades pega “na hora” e suas ameaças “imediatas” requerem uma proatividade superior e, caso essa tenha falhado gera uma reação muita mais rápida. A solução está em criar uma “organização inteligente”.

Assim como o cérebro humano, do qual a capacidade analítica consciente esta limitada a 50/70 bits/second quando o cérebro recebe cerca de 11 bilhões de bits/second, a Diretoria não esta mais capaz de analisar todos os dados que recebe e deveria estar conectando no seu universo competitivo. Criar uma organização inteligente é um pouco como se o corpo humano parasse para ajudar o cérebro consciente, em que equipa os milhões de sensores da nossa pele a fim que cada um possa analisar, refletir e tomar decisões.

Para criar uma organização inteligente, a Diretoria tem que compartilhar o propósito estratégico da empresa. Ela tem que “capacitar” os funcionários para entender, analisar e decidir ao seu nível. Uma organização inteligente é mais ágil, inovadora, empreendedora que uma organização tradicional.

Em relação ao modelo antigo, as vantagens seriam...

Ela tem várias vantagens sobre o modelo tradicional:

- Um nível de desenvolvimento dos funcionários superior: todos entendem o propósito estratégico da empresa e cada um pode, ao seu nível, pensar o que fazer para criar, impedir uma ruptura.

- Ela tem dezenas de pessoas “escaneando a periferia” no sentido que, muito motivadas e capacitadas, as pessoas que trabalham para essa empresa se sentem “donos do negócio”. Eles se acham autorizados e até responsáveis de pensar, no dia a dia, sobre as oportunidades/ameaças de rupturas. Elas estão captadores de noticias que podem impactar a empresa.

- Elas estão muito mais preparadas a mudanças porque cada um entendo o como e o porque elas estão necessárias.

A segunda consequência, então, seria?

A organização. Uma organização de tipo piramidal e hierárquica não apoia a mudança de estratégia para o processo de estratégias. Ela continuará exigir a seguir a linha de comando hierárquica, impedindo iniciativas e atrasando o tempo de reação.

As organizações mais capazes de se adaptar na Economia de Rupturas serão mais “orgânicas”. Elas terão um forte propósito estratégico compartilhado (continuando a metáfora do corpo humano, seria “nos manter vivos”), menos hierárquica e burocracia. As pessoas estarão encorajadas a conectar mais entre elas. Uma Google vem obviamente na mente.

A terceira consequência será Liderança. E nada disso acontecerá se permanecemos com os dois “pecados mortais” da liderança brasileira:

- A distância do Poder: onde tanto os liderados e seus lideres mantêm uma distância formal e informal entre eles, criando desconfiança, controle, burocracia e medo. Isso esta totalmente retro guarda e não cabe dentro do esquema organizacional de uma empresa de ruptura.

- Medo do conflito e evitando feedback: o conflito criativo será necessário para criar rupturas ou se defender contra elas. Evitar, tentar de adivinhar a resposta que o chefe quer ouvir são comportamentos herdados dos tempos da escravidão e não estão mais toleráveis nas empresas do futuro.

Libbs vai erguer fábrica de R$ 200 milhões

Por Valor econômico.

A farmacêutica nacional Libbs vai investir R$ 200 milhões em uma fábrica para produzir medicamentos biossimilares e biológicos no país. Os aportes serão financiados, em parte, por capital próprio da companhia, além de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), afirmou ao Valor Alcebíades Athayde Júnior, vice-presidente de negócios do laboratório.

A fábrica, que deverá entrar em operação entre 2015 e 2016, será erguida em Embu, Grande São Paulo, onde a companhia possui uma unidade produtora de medicamentos e outra de farmoquímicos (princípios ativos). A nova unidade deverá produzir, inicialmente, sete medicamentos biossimilares (cópias de remédios biológicos). Dois deles (rituximabe e bevacizumabe), para tratamento de câncer, deverão ser negociados para o governo federal. Os estudos clínicos do rituximabe já estão em análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para dar início à produção de produtos biológicos no Brasil, a Libbs firmou parceria com a multinacional Mabxience, braço de biotecnologia da farmacêutica Chemo, de capital argentino. A múlti vai fazer a transferência de tecnologia de anticorpos monoclonais biossimilares. "Vamos começar a produzir biossimilares, mas a meta é desenvolver produtos biológicos", disse Athayde Júnior, filho do fundador do laboratório nacional, o empresário Alcebíades de Mendonça Athayde.

No fim do ano passado, a Libbs decidiu sair da Orygen, a joint venture firmada com os laboratórios nacionais Biolab, Cristália e Eurofarma para a produção de biossimilares no Brasil. Segundo Athayde Júnior, a empresa optou por firmar acordo estratégico com a Mabxience, que já é parceira de longa data da companhia nacional. A Orygen e a Bionovis (joint venture entre Aché, EMS , Hypermarcas e União Química) são as duas superfarmacêuticas criadas em 2012 com o apoio do governo federal para a produção de biossimilares no Brasil.

"A produção de biossimilares e biológicos no país vai ajudar a reduzir o déficit da balança do setor de saúde", disse Athayde Júnior. "Com a expertise da Mabxience, poderemos até exportar os biossimilares", afirmou. A empresa também avalia ativos internacionais de empresas com foco em pesquisa de produtos inovadores.

Com receita bruta de R$ 883,6 milhões em 2012, a empresa prevê faturamento de R$ 1,1 bilhão neste ano. Entre 2011 e o ano passado, o laboratório lançou importantes medicamentos, como o iumi (anticoncepcional), zider (mal de Alzheimer), salsep 360 (higienizador nasal) e o tacrolimo (imunossupressor), que impulsionaram suas vendas. A Libbs firmou uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Ministério da Saúde para transferência de tecnologia do medicamento tacrolimo, indicado para pacientes que realizaram transplantes de rim e fígado. "O produto é comprado pelo Ministério da Saúde e distribuído no SUS [Sistema Único de Saúde]."

Focada na produção de medicamentos similares voltados para sistema nervoso central, cardiologia, ginecologia e respiratório, sobretudo, a empresa não tem interesse em genéricos. Para este ano, a companhia prevê lançar o nactali (contraceptivo para mulheres em fase de lactação), do velija (antidepressivo), plenance (reduz colesterol) e stanglit (para diabete tipo 2). A meta para 2017 é dobrar o faturamento, para R$ 2,2 bilhões, quando parte da produção dos biossimilares estiver no mercado.

Uma das poucas empresas verticalizadas no país, a Libbs também quer elevar a produção de sua unidade de farmoquímicos - produtora de princípios ativos para medicamentos. Cerca de 40% da demanda por princípios ativos da companhia é atendida por produção própria. A farmacêutica nacional exporta para Europa. Entre os produtos estão o tibolona (para reposição hormonal), desogestrel e gestodeno, ambos para anticoncepcionais, para a Europa. As exportações representam de 5% a 10% da receita total do grupo.

Fundada há 55 anos, a Libbs é 100% controlada pela família Athayde. Apesar do forte assédio das multinacionais, Athayde Júnior disse que a família não pretende vender o controle da empresa.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

FQM compra SKL Pharma e entra em um mercado de R$ 20 bilhões

Por Exame.com

São Paulo - O grupo FQM, dono das marcas Farmoquímica e Herbarium, anunciou a compra da SKL Pharma e vai começar a atuar no setor de probióticos - mercado que movimenta 20 bilhões de reais no mundo. As informações são do jornal Valor Econômico, desta segunda-feira.


Segundo a reportagem, o FQM já estava tentando produzir esses produtos em seus laboratórios, mas estava encontrando dificuldades em liberá-los na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "A aquisição foi uma ótima solução", afirmou Marcelo Geraldi, presidente do grupo., ao Valor.

A SKL possui cinco marcas em seu portfólio aprovadas pela Anvisa e era o único laboratório capaz de produzir uma linha dos medicamentos, que interessava para o FQM.

Com a aquisição, de acordo com o Valor, o grupo pretende crescer 26% neste ano. Em 2012, a receita bruta da companhia somou 500 milhões de reais, o FQM é o 18º maior grupo farmacêutico do país, segundo ranking do IMS Institute.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Três empresas disputam compra da Aché Laboratórios

Pelo menos três das maiores farmacêuticas globais estão disputando a compra da Aché Laboratórios Farmacêuticos, num leilão que pode avaliar o grupo brasileiro em mais de US$ 5 bilhões, disseram fontes ligadas ao assunto.

Pfizer, Novartis e Abbott Laboratories estão avaliando participar de uma segunda rodada de ofertas pela Aché, o que garantiria a qualquer uma delas uma posição relevante no mercado farmacêutico brasileiro, disseram as fontes. As propostas devem ser apresentadas na segunda metade de abril.

A Aché, de capital fechado, é atraente para as empresas farmacêuticas que procuram aumentar a presença no crescente mercado da América Latina. Mas uma das famílias que têm participação na companhia manifestou interesse em manter sua fatia, o que pode tirar alguns concorrentes da disputa. A GlaxoSmithKline havia mostrado interesse inicial, mas saiu do leilão.

Representantes das empresas multinacionais se recusaram a comentar o assunto.

Em fevereiro, pessoas próximas ao processo disseram que as famílias com participação relevante na Aché pediram que o banco de investimento Lazard explorasse uma venda, mas o processo permanece incerto devido à divergência entre as controladoras.

“As pessoas estão um pouco preocupadas com a situação envolvendo as famílias e se perguntam se elas ficarão satisfeitas com o preço. Alguns interessados se retiraram por essa razão”, disse uma fonte.

A Lazard se recusou a comentar sobre o seu papel no processo e um porta-voz da Aché reiterou a posição de que a empresa não está à venda.

"Toda grande empresa farmacêutica quer estar em mercados emergentes e a Aché é a joia da coroa no Brasil”, disse uma das fontes.

Os resultados da Aché antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) para este ano são estimados em cerca de US$ 300 milhões.

quinta-feira, 21 de março de 2013

AstraZeneca cortará 5.050 postos de trabalho até 2016

POR DIKAJOB

A AstraZeneca anunciou hoje uma reestruturação de suas atividades de vendas e administração, que deverá levar a uma perda de cerca de 2300 postos de trabalho no âmbito mundial. O CEO Pascal Soriot também detalhou o foco da empresa na área de pesquisa num esforço para dobrar o tamanho do pipeline da farmacêutica em fase final até 2016 sem aumentar significativamente a área de P&D.

Os cortes seguem o anúncio no início desta semana que a AstraZeneca consolidará suas operações de P&D cortando cerca de 1600 postos globais até 2016, com a maioria nos EUA e Reino Unido. Além do balanço de 1150 dos cortes de empregos anunciados em fevereiro do ano passado, a empresa espera eliminar cerca de 5.050 postos até 2016, levando a redução anual de aproximadamente US $ 800 milhões. A farmacêutica disse que terá custos de reestruturação associados de US $ 2,3 bilhões.

Soriot, informou que a empresa não tem a estratégia de “diversificação", e destacou que sua nova estratégia será "concentrar esforços e recursos em nossas plataformas prioritárias de crescimento e nossos projetos com prioridade de pipeline." Segundo o plano, a empresa se concentrará em três áreas principais: inflamação, respiratória e imunidade, doenças cardiovasculares e metabólicas e ainda oncologia. A farmacêutica acrescentou que continuará a "ser ativa" na infecção e vacinas, e também neurociência, embora "os investimentos serão com foco em oportunidades".

segunda-feira, 18 de março de 2013

A AstraZeneca pode cortar até 1600 em P&D no mundo

POR DIKAJOB

A AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira uma consolidação das suas operações de P&D, que deverá levar a uma perda de cerca de 1600 postos de trabalho no âmbito mundial até 2016, com a maioria nos EUA e Reino Unido. O CEO da empresa Pascal Soriot observou que os "planos terão um impacto significativo em muitos de nossos colaboradores destes locais afetados", mas ele disse que as mudanças ajudarão a farmacêutica "a acelerar a inovação, melhorar a colaboração, reduzindo a complexidade e agilizando a tomada de decisão. "

Como parte da revisão, a AstraZeneca anunciou que planeja investir em centros de pesquisa no Reino Unido, na Suécia, e nos EUA, num esforço "para melhorar a produtividade de pipeline e estabelecer a empresa como líder global em inovação biofarmacêutica".

A AstraZeneca informou que vai investir cerca de US$ 500 milhões para estabelecer uma nova unidade em Cambridge, UK para pequenas moléculas e produtos biológicos, com a unidade poderá se tornar sede global da empresa para P&D.

Além disso, com o fácil acesso da farmacêutica em Gaithersburg, Maryland, que é a sede da MedImmune e o local principal para as atividades biológicas, se tornará a sede norte-americana para pesquisa de pequenas e grandes moléculas. A unidade em Mölndal, Suécia continuará um centro global de P & D com foco principal em pequenas moléculas.

De acordo com a AstraZeneca, os três locais serão apoiados por outras instalações existentes, incluindo Boston, Massachusetts, que continuará a ser um centro de P & D, com foco principal em pequenas moléculas. "Os centros estratégicos nos permitirão tocar mportantes hotspots biociências que fornecem mais de nosso povo, com fácil acesso de ponta redes acadêmicas e da indústria, o talento científico e valiosas oportunidades de parcerias", Soriot comentou.

domingo, 17 de março de 2013

Regime de patentes vai ser modificado

POR DIKAJOB

O Brasil mudará a regulamentação para proteção de patentes, especialmente na área de biotecnologia, revelou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, durante o lançamento do programa Inova Empresa, de apoio à inovação nacional no setor privado. "Temos de mudar o regime de propriedade intelectual, que não é só patentes, mas também licenças para pesquisa em biotecnologia", disse o ministro. "Esse regime foi adequado no passado, não é mais." O governo prepara um projeto de lei para facilitar o acesso ao patrimônio genético da biodiversidade brasileira e desenvolvimento de produtos para o mercado, segundo apurou o Valor.

A reivindicação de mudança do regime de patentes para reduzir as barreiras ao uso do patrimônio genético em produtos foi levantada pelo copresidente do Conselho de Administração da Natura, Pedro Passos, durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que antecedeu, no Palácio do Planalto, com a presença da presidente Dilma Rousseff e ministros, o anúncio do novo programa de incentivo governamental.

"Hoje, temos o marco legal criado em 2001, com a filosofia de protegermos contra a pirataria", disse Passos. "Esse marco legal põe tantos obstáculos à pesquisa e inovação nesse campo que impede a própria universidade, os próprios institutos, de acessar patrimônio genético brasileiro para fazer pesquisas."

A discussão de um novo marco legal com o governo, envolvendo também o Ministério da Ciência e Tecnologia e o do Meio Ambiente, já está em "fase final", disse o empresário. Ele defendeu maior alcance da proteção de direitos intelectuais para produtos como cultivares (plantas desenvolvidas para ressaltar determinadas características genéticas).

Segundo informou ao Valor o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, Júlio César Moreira, embora próximas do fim, as discussões, no governo, ainda podem levar um ano, para lidar com questões delicadas como a remuneração das comunidades cujo conhecimento tradicional levou a descoberta de novos produtos. O Inpi quer permitir o patenteamento de produtos isolados da natureza, ou partes de seres vivos usados em medicamentos, produtos de beleza e outros, obtidas a partir do patrimônio genético do país.

"Hoje a pesquisa é inibida pelo quadro de insegurança jurídica que temos", comentou Moreira. "As empresas têm sido multadas por acesso a materiais na natureza e punidas por fazer pesquisa."

Pesquisas com a biodiversidade brasileira dependem de autorização prévia do Conselho de Gestão do Patrimonio Genético (CGen), acusado por empresas e cientistas de excessiva lentidão. Um dos maiores problemas na avaliação dos pedidos é definir como compensar comunidades indígenas (algumas delas espalhadas além das fronteiras brasileiras) pelo uso de recursos genéticos de seus territórios. A Natura, que negociou com comunidades indígenas pagamento pelo uso de biodiversidade local chegou a ser multada em 2010 por não ter esperado a autorização do CGen, por mais de dois anos.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Midas está de volta

O 'midas' da farmacêutica está de volta
por Dikajob News

Omilton Visconde Júnior não é uma celebridade que circula em colunas sociais. Seu nome é conhecido na indústria farmacêutica e no circuito de ricos e famosos que participam do Porsche Cup, campeonato para os iniciados nessa categoria automobilística, como personalidades do calibre de Constantino Jr., herdeiro da Gol, Adalberto e Ricardo Baptista, da segunda geração de uma das famílias controladoras do laboratório Aché.
Dentro das pistas, Visconde Jr. diz que ainda tem muito a aprender. Mas fora delas, sua bem-sucedida carreira é um "case" de sucesso. Conhecido como "midas" do setor farmacêutico, o empresário tem um talento nato para farejar bons negócios. Nos últimos dez anos, vendeu três importantes ativos - o laboratório Biosintética, que pertencia ao seu pai para o grupo nacional Aché, a Segmenta, produtora de soros, para a farmacêutica brasileira Eurofarma, e a Prevsaúde, empresa de gestão de benefícios de medicamentos, para a empresa Orizon, do grupo Visanet. Ao mesmo tempo, começou a fazer investimentos em novos negócios que ainda estão em suas mãos.
Nos últimos três anos, Visconde Jr. associou-se a executivos para lançar a Netfarma, empresa de venda de medicamentos online, e criou a Entregga, consultoria em gestão e fusões e aquisições. No segundo semestre, prepara-se para voltar ao mercado com a Mip Farma Brasil, farmacêutica recém-criada para comercializar medicamentos isentos de prescrição, um segmento em expansão, que responde por cerca de 30% da receita do setor, que atingiu cerca de R$ 50 bilhões no ano passado. Essa nova companhia vai começar a vender produtos da área de dermocosméticos e nutracêuticos, com maiores margens no setor. Visconde Jr. está em conversações com uma empresa holandesa para importar os primeiros produtos e costura parcerias com laboratórios nacionais, uma vez que não pretende ter uma fábrica própria. A empresa nova já está credenciada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda a aprovação para a liberação de dez registros de produtos que serão colocados no mercado ao longo dos próximos meses.