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sábado, 3 de outubro de 2009

Hypermarcas compra as fraldas Pom Pom

Guia da Farmácia

Companhia paga R$ 300 milhões pelo negócio e começará a produzir absorventes

A Hypermarcas deu um lance de R$ 300 milhões pela Pom Pom, especializada na fabricação de fraldas infantis e geriátricas. No segmento infantil, a marca Pom Pom é a quinta mais vendida no Brasil, atrás de empresas como Procter & Gamble e Kimberly-Clark. Com a marca BigFral, a empresa lidera o segmento de fraldas geriátricas, com cerca de 40% de participação.

O segmento de descartáveis, que inclui fraldas geriátricas e infantis, além de absorventes, faturou no ano passado no País por volta de R$ 4 bilhões (R$ 3 bilhões só com a linha infantil). A Pom Pom ainda não produz absorventes, provavelmente a marca escolhida para a nova linha de produtos será Lucretin, líder na linha de sabonetes líquidos femininos que já é da Hypermarcas. A Pom Pom tem produção própria e 30% da fábrica está ociosa.

Os outros produtos com a marca Pom Pom, como sabonetes e colônias infantis, não entraram na negociação porque foram adquiridos no passado pela Colgate-Palmolive.

Johnson compra Crucell por 302 milhões de euros

O Estado de São Paulo

A Johnson & Johnson comprou uma participação de 18% na companhia de biotecnologia Crucell por 302 milhões de euros, como parte de um acordo para desenvolvimento de uma vacina contra gripe. A Crucell esteve envolvida em rumores de compra pela norte-americana Wyeth, mas as especulações foram encerradas após a Pfizer propor a compra da Wyeth.

Abbott compra laboratório da Solvay por US$ 6,6 bi

O Estado de São Paulo

Com a compra, o Abbott vai elevar em US$ 3 bi as receitas anuais e pretende expandir sua atuação em mercados emergentes, como Leste Europeu e Ásia

A norte-americana Abbott Laboratories anunciou ontem a aquisição, por US$ 6,6 bilhões, da unidade farmacêutica da Solvay, companhia belga de produtos químicos. Segundo informou a empresa em comunicado ontem, a aquisição vai adicionar US$ 3 bilhões em vendas ao ano, especialmente em mercados emergentes de alto crescimento, como o Leste Europeu e Ásia. O objetivo da Abbott com a compra é expandir internacionalmente e aumentar o portfólio de produtos, disse o presidente Miles D. White.

O anúncio da Abbott é o mais recente de uma série de fusões e aquisições que vem ocorrendo no setor farmacêutico, e um dos três anúncios feitos ontem que envolveram o setor de vacinas, que cresce velozmente. Com a Solvay, a companhia ganha acesso a novas áreas terapêuticas, incluído terapias hormonais e vacinas.

Também ontem, a Johnson & Johnson adquiriu 18% de participação na empresa holandesa de biotecnologia Crucell NV, que está tentando desenvolver uma vacina contra a gripe universal, enquanto que a Merck comprou os direitos de venda nos EUA da vacina antigripal Afluria da australiana CSL.

Ambas as empresas produzem no Brasil. A Abbott informa estar entre as dez maiores indústrias farmacêuticas do País. Entre os medicamentos da companhia está o antiaids Kaletra. A Solvay detém medicamentos da área de saúde da mulher, gastroenterologia e cardiologia. Procuradas, as empresas não se pronunciaram sobre o impacto da aquisição sobre a operação brasileira.

O anúncio da Abbott também ocorre em um momento decisivo para os laboratórios. A proximidade de expiração de patentes acirrou a competição entre elas para aquisição de novos produtos. No início do ano, a suíça Roche comprou uma empresa do setor de biotecnologia, a Genentech, a Pfizer fez uma fusão com a Wyeth e a Merck com a Schering Plough.

Segundo analistas, o objetivo da compra da Solvay é diversificar sua fonte de receitas, já que mais de 35% dos ganhos da Abbott dependem da venda do Humira, medicamento usado no tratamento da artrite reumatoide. O remédio vai perder sua patente em 2016.

A analista do Credit Suisse, Catherine Arnold, tem dúvidas sobre o quanto a compra poderá gerar em novas receitas. "A Solvay não vai contribuir para o crescimento a longo prazo, nem reduzir a dependência da Abbott do Humira para crescer."

O presidente da Solvay, Christian Jourquin, informou que a venda vai lhe permitir "reorientar" suas atividades, que cobrem também produtos químicos e plásticos. "Estamos criando um novo grupo reorientado, com os recursos financeiros necessários para acelerar o crescimento", disse o presidente da Solvay.

Números

R$ 6,6 bilhões foi o valor pago, em dinheiro, pela Abbott pela área farmacêutica da belga Solvay

R$ 3 bilhões é quanto a nova companhia vai adicionar em vendas anuais ao grupo norte-americano

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Exportação de medicamentos cresce 13,1% mesmo com crise DCI

Exportação de medicamentos cresce 13,1% mesmo com crise
DCI

Brasil exporta mais medicamentos com crise, e a quebra de patentes americanas pode elevar números e diminuir a diferença na balança comercial

Após as ameaças do governo brasileiro em quebrar patentes de medicamentos dos Estados Unidos como forma de retaliação ao algodão, autorizado peia OMC (Organização Mundial de Comércio), o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (Mdic) apresentou números que indicam um crescimento de 13,1% nas exportações do setor farmacêutico ante a alta de 1,9% nas importações na comparação entre os primeiros oito meses de 2009 e o mesmo período de2008.

Segundo o Mdic as exportações entre janeiro e agosto deste ano atingiram US$ 540,6 milhões enquanto no mesmo espaço de tempo em 2008 o valor obtido foi de US$477,9 milhões.

Em contrapartida as importações brasileiras de medicamentos no período analisado passaram de US$ 2.648 bilhões para US$2.698 bilhões.

Na comparação com o crescimento entre 2007 e 2008 (52%) o valor atual foi menor, mas para o diretor de Novos Negócios da Blausiegel, Roque Ocantos "as indústrias farmacêuticas, por venderem produtos de primeira necessidade, sentiram menos o impacto econômico da crise e confiam em uma perspectiva de crescimento para 2009. Além disso, nossa balança comercial está desfavorável para o Brasil por diversos motivos, mas o principal é que compramos muitos medicamentos de alto valor agregado e vendemos pouca quantidade e com baixo valor agregado".

Com foco nessa projeção de melhora no cenário, a empresa tem intensificado suas negociações com países da Ásia e do Oriente Médio, para elevar o leque de negociações, que tinha como destaques em vendas a Colômbia, Vietnã e Peru.

"Nossa empresa apresentou crescimento de 25% em 2008, até agora nossos números são de alta em 20%. Isso quer dizer que no ano passado faturamos US$ 4,2 milhões e neste ano já temos US$ 4,5 com expectativa de fecharmos 2009 com US$ 5 rnilhões", argumentou o diretor.

De acordo com Ocantos, atualmente, as vendas para o exterior representam cerca de 5% do faturamento da Blausiegel.

Questionado com exclusividade para o DCI, o diretor da empresa de medicamentos afirmou que se o governo brasileiro realmente quebrar as patentes americanas, o setor será amplamente beneficiado, tanto internamente quanto na área de comércio exterior.

"Nosso país coloca inúmeras barreiras burocráticas para que os laboratórios e indústrias consigam patentes de medicamentos, por isso estamos tão atrás dos Estados Unidos, Europa e Japão, e dificilmente iremos reverter esse quadro", frisou.

Ocantos diz que a participação em feiras consegue elevar o potencial exportador com negociações para concessão de registros. A Blausiegel iniciou uma negociação com a Tailândia e conseguiu 7 registros do medicamento Eritromax e passará a exportar para o país já neste ano. "Este novo contrato é de grande valia para a empresa: primeiro por nos introduzir em um novo mercado, e também porque o Eritromax é responsável por cerca de 80% do faturamento da exportação, devido a sua importância", explica.