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sábado, 9 de julho de 2011

Gestores "mais justos" são menos poderosos, diz estudo

Portal Exame - São Paulo

Muito se houve falar que líderes eficazes são aqueles que tratam seus funcionários com dignidade, respeito e coerência. Mas tal comportamento tem seu preço e pode comprometer o desempenho de um gestor dentro de uma companhia.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Harvard Business Review, gestores justos normalmente são visto pelos seus funcionários e pela própria companhia como pessoas sem poder e com menos respeito.

O estudo avaliou a postura de algumas companhias por meio de questionários respondidos por elas e foi comprovado que para exercer cargos mais altos o poder tem mais importância que o senso de justiça.

Além disso, o estudo realizou na prática a análise das decisões tomadas por perfis de gestores diferentes: o justo e o rude. Em um dos exemplos foi feita uma simulação dos gestores instruindo seus funcionários a respeito de uma decisão de compensação. Dividido em dois grupos, o líder rude foi mais bem pontuado na avaliação das pessoas que participaram do laboratório.

Um caso concreto também foi usado para corroborar o estudo. O exemplo aconteceu na Pfizer, no início dos anos 2000, quando dois executivos foram indicados para o cargo de CEO da companhia.

Os dois executivos possuíam perfis completamente diferentes, um era agressivo em suas decisões, o outro justo. Na época, o candidato mais áspero ficou com a vaga, pois foi considerado o cara certo para assumir o controle.

A pesquisa, no entanto, defende que as companhias podem se beneficiar com o valor da justiça, embora o caminho seja árduo. Mas dificilmente será possível aliar muito poder com justiça.