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quinta-feira, 21 de março de 2013

AstraZeneca cortará 5.050 postos de trabalho até 2016

POR DIKAJOB

A AstraZeneca anunciou hoje uma reestruturação de suas atividades de vendas e administração, que deverá levar a uma perda de cerca de 2300 postos de trabalho no âmbito mundial. O CEO Pascal Soriot também detalhou o foco da empresa na área de pesquisa num esforço para dobrar o tamanho do pipeline da farmacêutica em fase final até 2016 sem aumentar significativamente a área de P&D.

Os cortes seguem o anúncio no início desta semana que a AstraZeneca consolidará suas operações de P&D cortando cerca de 1600 postos globais até 2016, com a maioria nos EUA e Reino Unido. Além do balanço de 1150 dos cortes de empregos anunciados em fevereiro do ano passado, a empresa espera eliminar cerca de 5.050 postos até 2016, levando a redução anual de aproximadamente US $ 800 milhões. A farmacêutica disse que terá custos de reestruturação associados de US $ 2,3 bilhões.

Soriot, informou que a empresa não tem a estratégia de “diversificação", e destacou que sua nova estratégia será "concentrar esforços e recursos em nossas plataformas prioritárias de crescimento e nossos projetos com prioridade de pipeline." Segundo o plano, a empresa se concentrará em três áreas principais: inflamação, respiratória e imunidade, doenças cardiovasculares e metabólicas e ainda oncologia. A farmacêutica acrescentou que continuará a "ser ativa" na infecção e vacinas, e também neurociência, embora "os investimentos serão com foco em oportunidades".

segunda-feira, 18 de março de 2013

A AstraZeneca pode cortar até 1600 em P&D no mundo

POR DIKAJOB

A AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira uma consolidação das suas operações de P&D, que deverá levar a uma perda de cerca de 1600 postos de trabalho no âmbito mundial até 2016, com a maioria nos EUA e Reino Unido. O CEO da empresa Pascal Soriot observou que os "planos terão um impacto significativo em muitos de nossos colaboradores destes locais afetados", mas ele disse que as mudanças ajudarão a farmacêutica "a acelerar a inovação, melhorar a colaboração, reduzindo a complexidade e agilizando a tomada de decisão. "

Como parte da revisão, a AstraZeneca anunciou que planeja investir em centros de pesquisa no Reino Unido, na Suécia, e nos EUA, num esforço "para melhorar a produtividade de pipeline e estabelecer a empresa como líder global em inovação biofarmacêutica".

A AstraZeneca informou que vai investir cerca de US$ 500 milhões para estabelecer uma nova unidade em Cambridge, UK para pequenas moléculas e produtos biológicos, com a unidade poderá se tornar sede global da empresa para P&D.

Além disso, com o fácil acesso da farmacêutica em Gaithersburg, Maryland, que é a sede da MedImmune e o local principal para as atividades biológicas, se tornará a sede norte-americana para pesquisa de pequenas e grandes moléculas. A unidade em Mölndal, Suécia continuará um centro global de P & D com foco principal em pequenas moléculas.

De acordo com a AstraZeneca, os três locais serão apoiados por outras instalações existentes, incluindo Boston, Massachusetts, que continuará a ser um centro de P & D, com foco principal em pequenas moléculas. "Os centros estratégicos nos permitirão tocar mportantes hotspots biociências que fornecem mais de nosso povo, com fácil acesso de ponta redes acadêmicas e da indústria, o talento científico e valiosas oportunidades de parcerias", Soriot comentou.

domingo, 17 de março de 2013

Regime de patentes vai ser modificado

POR DIKAJOB

O Brasil mudará a regulamentação para proteção de patentes, especialmente na área de biotecnologia, revelou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, durante o lançamento do programa Inova Empresa, de apoio à inovação nacional no setor privado. "Temos de mudar o regime de propriedade intelectual, que não é só patentes, mas também licenças para pesquisa em biotecnologia", disse o ministro. "Esse regime foi adequado no passado, não é mais." O governo prepara um projeto de lei para facilitar o acesso ao patrimônio genético da biodiversidade brasileira e desenvolvimento de produtos para o mercado, segundo apurou o Valor.

A reivindicação de mudança do regime de patentes para reduzir as barreiras ao uso do patrimônio genético em produtos foi levantada pelo copresidente do Conselho de Administração da Natura, Pedro Passos, durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que antecedeu, no Palácio do Planalto, com a presença da presidente Dilma Rousseff e ministros, o anúncio do novo programa de incentivo governamental.

"Hoje, temos o marco legal criado em 2001, com a filosofia de protegermos contra a pirataria", disse Passos. "Esse marco legal põe tantos obstáculos à pesquisa e inovação nesse campo que impede a própria universidade, os próprios institutos, de acessar patrimônio genético brasileiro para fazer pesquisas."

A discussão de um novo marco legal com o governo, envolvendo também o Ministério da Ciência e Tecnologia e o do Meio Ambiente, já está em "fase final", disse o empresário. Ele defendeu maior alcance da proteção de direitos intelectuais para produtos como cultivares (plantas desenvolvidas para ressaltar determinadas características genéticas).

Segundo informou ao Valor o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, Júlio César Moreira, embora próximas do fim, as discussões, no governo, ainda podem levar um ano, para lidar com questões delicadas como a remuneração das comunidades cujo conhecimento tradicional levou a descoberta de novos produtos. O Inpi quer permitir o patenteamento de produtos isolados da natureza, ou partes de seres vivos usados em medicamentos, produtos de beleza e outros, obtidas a partir do patrimônio genético do país.

"Hoje a pesquisa é inibida pelo quadro de insegurança jurídica que temos", comentou Moreira. "As empresas têm sido multadas por acesso a materiais na natureza e punidas por fazer pesquisa."

Pesquisas com a biodiversidade brasileira dependem de autorização prévia do Conselho de Gestão do Patrimonio Genético (CGen), acusado por empresas e cientistas de excessiva lentidão. Um dos maiores problemas na avaliação dos pedidos é definir como compensar comunidades indígenas (algumas delas espalhadas além das fronteiras brasileiras) pelo uso de recursos genéticos de seus territórios. A Natura, que negociou com comunidades indígenas pagamento pelo uso de biodiversidade local chegou a ser multada em 2010 por não ter esperado a autorização do CGen, por mais de dois anos.