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sábado, 12 de dezembro de 2009

Hypermarcas Quer Novas Aquisições e Mira Mercado Local

Valor Online

Após fechar hoje a compra da Neo Química e chegar à quinta aquisição no ano, a Hypermarcas diz que ainda tem fôlego para seguir as compras de concorrentes, além de crescer organicamente. Segundo o presidente-executivo da companhia, Claudio Bergamo, o foco continua sendo o mercado doméstico e aquisições no exterior não estão no radar.

Em meio às transformações da economia, o Brasil está assistindo ao surgimento de grandes grupos nacionais e a Hypermarcas não quer ficar fora desse processo, disse o executivo durante entrevista à imprensa nesta segunda-feira. " O Brasil está mudando. O mundo está vindo para cá " , disse Bergamo, destacando também que a inserção no mercado global exige das empresas daqui maior escala para enfrentar a concorrência.

Mesmo com os R$ 2 bilhões previstos para as aquisições deste ano, o que inclui as fabricantes dos preservativos Jontex e Olla, o grupo ainda tem R$ 500 milhões em caixa para o plano de expansão. Além disso, a companhia já iniciou conversas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para incrementar o montante.

Obviamente, Bergamo preferiu não detalhar hoje quais serão os próximos alvos de aquisição do grupo, mas garantiu que a Hypermarcas seguirá investindo nos setores que crescem acima da média, o que explica a aposta na Neo Química, que atua no mercado de medicamentos genéricos. Com a compra, a empresa passa a defender a quarta posição entre os maiores laboratórios no país.

Na operação, a companhia teve que desbancar a gigante Pfizer, que já negociava com o laboratório. Segundo Bergamo, o fato de ter colocado na mesa de negociação uma participação na Hypermarcas acabou determinando o rumo favorável da transação. Assim, estratégias parecidas não são descartadas para as próximas operações.

Durante apresentação do negócio, o executivo informou que os controladores da Neo Química - que terão 7,3% do capital da Hypermarcas - terão uma participação ativa nos negócios de medicamentos do grupo, trazendo o chamado " know how " à companhia.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Hypermarcas compra Neo Química e ações sobem

Reuters/Brasil Online

A Hypermarcas anunciou nesta segunda-feira a compra da Neo Química por um valor estimado em cerca de 1,3 bilhão de reais, criando o terceiro maior laboratório de capital brasileiro e o quarto maior em operação no país.

"A Hypermarcas pagará 687 milhões de reais em três parcelas anuais aos atuais controladores da Neo Química, que também receberão 17,5 milhões de ações ordinárias a serem emitidas pela companhia", disse.

"Ao final da transação, os controladores da Neo Química deterão 7,3 por cento do capital total da Hypermarcas e participarão do bloco de controle da empresa."

As ações da Hypermarcas avançavam 2,64 por cento às 11h57, para 39,98 reais, tendo atingido valorização máxima de 5 por cento até esse horário. No ano até a última sexta-feira, os papéis quase triplicaram de valor.

Após a aquisição, o setor de medicamentos deve representar 40 por cento do faturamento total da Hypermarcas, acrescentou a companhia.

"Completamos cinco aquisições no ano, com valor total de cerca de 2 bilhões de reais, em linha com a estratégia anunciada durante a oferta pública de ações em julho", afirmou em comunicado o presidente-executivo da Hypermarcas, Claudio Bergamo.

Em julho, a Hypermarcas levantou cerca de 550 milhões de reais por meio de uma oferta primária de ações.

NEGÓCIO COMPLEMENTAR
A compra da Neo Química complementa o portfólio de produtos da unidade de negócios Farma da Hypermarcas, com medicamentos genéricos.
A Neo Química foi criada em 1959, e a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) anualizado para 2009 é de 95 milhões de reais, com faturamento bruto de 380 milhões de reais.
A empresa -que tem sede em Anápolis (GO)- inaugurou uma nova fábrica neste ano que a permitiu ingressar no mercado de injetáveis em frasco ampola. A companhia exporta para América Latina e África desde 2003 e mantém planos de expandir operações na Ásia e Europa até 2010.
Neste ano, antes da aquisição da Neo Química, a Hypermarcas comprou a fabricante de preservativos Inal, que comercializa marcas como a Olla, por 212,6 milhões de reais. Além disso, a empresa já havia fechado acordo para comprar a Pom Pom por 300 milhões de reais, além de outros negócios de menor valor.
A Hypermarcas, fundada em 2000, consolida algumas das principais marcas de diversos setores do mercado de consumo, como Assolan, Monange, Paixão, Risqué, Lucretin, Benegrip, Apracur, Doril, Lisador, Engov, Gelol, Zero-Cal, Bozzano e Cenoura & Bronze.
O grupo brasileiro já vinha apontando a possibilidade de novas aquisições, buscando ampliar seus negócios para concorrer com gigantes internacionais como Unilever e Procter & Gamble.
Há alguns meses, a imprensa noticiou que a Pfizer, maior fabricante de medicamentos do mundo, estava em negociação para comprar a Neo Química por cerca de 1 bilhão de reais, mas o negócio acabou não acontecendo.