Assist Travel

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Médicos se preocupam com novos antibióticos

Saude Web A categoria médica do mundo inteiro está cada vez mais preocupada com a importância do surgimento de novos antibióticos. Várias operações que parecem simples são impossíveis sem esses remédios, e o cenário atual coloca a existência deles em xeque. As informações são do portal G1. O grande problema é que algumas bactérias estão criando resistência aos medicamentos que hoje existem. Um exemplo disso é a variação da Eschericha coli que causou um surto na Alemanha e matou mais de 40 pessoas nos meses de maio e junho. Em um artigo publicado na edição online da revista médica “Lancet Infectious Diseases”, Laura Piddock, da Faculdade de Imunidade e Infecção da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, avalia a situação como urgente. Na visão dela, o público não tem dimensão da importância dos antibióticos porque tem acesso muito fácil a eles. De acordo com a pesquisadora, antibióticos não são vistos como essenciais à saúde ou à prática da medicina, embora salvem vidas de forma que os indivíduos possam viver muitos anos depois da infecção. Há dois anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou a resistência aos antibióticos como uma das três maiores ameaças à saúde. Ainda assim, a pesquisadora vê a resposta dos políticos, da mídia e do público como insuficiente. Laura diz que, como a falta de antibióticos afeta a todos, levar essa questão da esfera médica para o olhar público é essencial, porque estimula os governos a agirem. A especialista fala também sobre a falta de interesse da indústria farmacêutica em investir nesse setor. Os tratamentos à base de antibióticos costumam ser curtos e a resistência das bactérias é desenvolvida rapidamente, o que diminui o lucro gerado pelo remédio. Segundo ela, as companhias farmacêuticas precisam reconhecer que muitos remédios caros em seus portfólios podem ser inúteis se os pacientes tiverem infecções fatais. Portanto, o retorno do investimento em produtos que tratam cânceres ou doenças crônicas depende, em parte, do tratamento eficaz das infecções. Só isso já deveria ser incentivo suficiente para as companhias farmacêuticas continuarem a desenvolver antibióticos.

Proteína retarda doença cerebral degenerativa

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

Uma proteína que promove crescimento dos neurônios e vasos sanguíneos pode parar a progressão de uma doença genética degenerativa no cerebelo, de acordo com uma nova pesquisa pré-clínica realizada na Universidade Northwestern e publicada na revista Nature Medicine.

A doença, ataxia espinocerebelar tipo 1, ataca principalmente na faixa dos 30 e 40 anos e causa degeneração no cerebelo, área do cérebro que ajuda a coordenar movimentos.

Com a progressão da doença de 10 a 20 anos os pacientes morrem de aspiração ou pneumonia infecciosa.

A doença é causada pela mutação da proteína chamada ataxin-1, que tem papel de regular a proteína chamada fator de crescimento endotelial vascular ou VEGF.

Quando os cientistas reabasteceram de VEGF o cérebro de um rato que tinha a doença, estava com o cerebelo atrofiado, ele começou a ficar normal e houve aumento nas conexões entre os neurônios. Os camundongos também tiveram melhorias no equilíbrio.

De acordo com Punnet Opal, professor de neurologia e biologia celular e molecular da Escola de Medicina da Universidade Northwestern, se o VEGF for administrado no início da doença ele impede a degeneração. A pesquisa aponta que o uso da substância aumenta os vasos sanguíneos no cérebro e também impede os neurônios de morrer.

O estudo fornece novas informações sobre a doença degenerativa, pois os pacientes já nascem com a doença, mas só a desenvolvem quando passam a envelhecer. "Pode haver uma conexão entre a mutação genética dos pacientes com seus vasos sanguíneos não se manterem à medida que eles envelhecem", explica Opal.

Segundo o líder do estudo, assim que o VEGF foi entregue aos ratos, os vasos sanguíneos foram aumentados e a doença parou de progredir.