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sábado, 28 de abril de 2012

Metade do mundo nas mãos de 10 farmacêuticas


Por Dikajob


O negócio mundial de medicamentos vale 791,4 bilhões de dólares (601,24 bilhões de euros). De acordo com o relatório anual da Pharmaceutical Executive Magazine, relativo ao ano de 2010, uma dezena de multinacionais farmacêuticas, cinco europeias e outras tantas norte-americanas, controlam perto de metade deste mercado, avança o Jornal de Negócios.
A liderança do sector mantém-se nas mãos da gigante norte-americana Pfizer, com sede em Nova Iorque, que fechou 2010 com vendas de 58,5 mil milhões de dólares (44,5 mil milhões de euros), mais 28,9% do que no ano anterior. Um desempenho sobretudo alimentado pela aquisição da Wyeth e que lhe dá uma quota mundial na ordem dos 8%.
Já a suíça Novartis ultrapassou a Sanofi, garantindo o segundo lugar, com 42 mil milhões de dólares (31,9 mil milhões de euros), contra 40,3 mil milhões (30,6 mil milhões de euros) da multinacional francesa, que caiu para o terceiro lugar. E a norte-americana MSD saltou do 7.º para o 4.º lugar, com 39,8 mil milhões de dólares (30,2 mil milhões de euros).
Jornal de Negócios

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Portugueses descobrem tratamento para a doença Machado-Joseph

Por Isabe.ionline

Os investigadores portugueses acreditam estar perto de um novo tratamento para a doença neurodegenerativa Machado-Joseph, identificada em Portugal nos anos 70. Luís Pereira de Almeida, coordenador do trabalho publicado na "Brain", explicou ao i que os estudos em modelos animais e tecidos de doentes sugerem uma fórmula de tratamento eficaz..

A doença de Machado-Joseph (DMJ) é hereditária e produz incapacidade motora. A incidência média é de três casos por 100 mil habitantes, mas nas Flores, Açores, há um por 140. A equipa descobriu que os doentes apresentam uma diminuição nos níveis da proteína beclina-1, vital para o mecanismo de limpeza da acumulação de proteínas e outras estruturas ao nível das células - o que é ainda mais debilitante no caso nos neurónios, por não passarem pelo processo de divisão.

No caso dos doentes com DMJ, há acumulação de uma proteína específica, a ataxina-3, produzida em excesso e que acaba por lesar o cérebro. Numa experiência com ratinhos manipulados, a equipa percebeu que é possível recuperar a produção de beclina-1 e assim repor o mecanismo de limpeza, o que, se funcionar em seres humanos, pode vir a controlar os sintomas e evitar que a doença progrida.

Os investigadores acreditam que a deficiência de beclina-1 e uma abordagem semelhante poderá também ser útil no tratamento de outras doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Alzheimer.

Para já, e como a terapia genética ainda envolve riscos, a equipa está a tentar perceber se seria possível controlar a beclina-1 com novos fármacos ou mesmo outros que já existam no mercado.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

David Brennan CEO da AstraZeneca se retira da empresa


Por Dikajob

A AstraZeneca anunciou que o seu CEO, David Brennan, vai retirar-se da sua posição, e o atual diretor financeiro Simon Lowth assumirá provisoriamente a posição a partir de 1 de Junho. "Após mais de seis anos como CEO desta grande empresa, decidi que agora é o momento certo para deixar o cargo e permitir que um novo líder tome as rédeas", disse Brennan, citado pelo site FirstWord.
O anúncio foi feito juntamente com a apresentação dos resultados do primeiro trimestre da empresa, onde o lucro para o período caiu 44 por cento para 1,6 mil milhões de dólares. Enquanto isso, as vendas caíram 11 por cento para 7,3 mil milhões de dólares, falhando as previsões dos analistas de 7,9 mil milhões de dólares.
Veja o comunicado completo em inglês: http://www.astrazeneca.com/Media/Press-releases/Article/20120426--D...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Competição com genéricos faz lucro da Eli Lilly recuar no 1º trimestre


Por Stella Fontes | Valor
SÃO PAULO -
O lucro líquido da farmacêutica americana Eli Lilly recuou 4% no primeiro trimestre, na comparação com o verificado um ano antes, para US$ 1,01 bilhão, devido à maior competição com medicamentos genéricos.
O efeito negativo do acirramento da concorrência — a patente do Zyprexa, usado no tratamento da esquizofrenia, expirou em uma série de mercados no fim do ano passado — foi parcialmente compensado pelo aumento das vendas em mercados emergentes, com destaque para a China, informou a Lilly.
No trimestre, as vendas totais da companhia somaram US$ 5,6 bilhões, com baixa de 4% na comparação anual. Conforme a Lilly, essa queda refletiu um decréscimo de 7% nos volumes comercializados, cujo decréscimo ocorreu mesmo com o aumento de 4% nos preços médios.
Em comunicado, John Lechleiter, presidente do conselho de administração da farmacêutica, destacou que, apesar do recuo nas vendas e no lucro, a projeção da companhia de lucro por ação no ano foi elevada.
“Não obstante os efeitos negativos do fim da patente Zyprexa nos EUA e em muitos mercados internacionais, a Lilly demonstrou forte crescimento em outros produtos e regiões, como na área de cuidados da diabetes e sanidade animal, bem como na China”, afirmou.
Dessa forma, a farmacêutica elevou a expectativa de lucro ajustado por ação do intervalo de US$ 3,10 a US$ 3,20 à faixa de US$ 3,15 a US$ 3,30.
(Stella Fontes | Valor)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Genéricos e parada em fábrica fazem lucro da Novartis recuar no 1º tri

Por Dikajob

SÃO PAULO -
A farmacêutica suíça Novartis registrou queda de 8% no lucro líquido do primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011, para US$ 3,09 bilhões. Na diluição por ação da empresa, o valor foi de US$ 1,27, queda de 10%, na mesma comparação.
A diretoria da empresa informou em comunicado que o desempenho dos três primeiros meses de 2012 foi afetado pela Sandoz, divisão de genéricos, que havia alcançado números muito fortes em 2011. Além disso, a parada na fábrica de Nesbraska, nos Estados Unidos, também afetou os ganhos com o segmento de saúde do consumidor.
Dessa forma, a receita líquida da companhia somou US$ 13,73 bilhões no primeiro trimestre, caindo 2% na comparação anual. O elevado custo das vendas derrubou o lucro operacional, que cedeu 17% para US$ 2,81 bilhões.
A forte baixa impactou negativamente a margem das operações da Novartis, que foi de 28,6% para 26,8%. O recuo só não foi maior, segundo a farmacêutica, porque os investimentos em produtividade trouxeram 3,7 pontos percentuais à taxa.
O maior foco do grupo continua sendo os mercados europeu e americano, responsáveis por 68% do faturamento. No entanto, as receitas só apresentaram expansão anual nos países emergentes e menos expressivos de seus negócios.
No grupo que reúne Canadá e América Latina, por exemplo, no qual o Brasil está incluso, as vendas somaram US$ 1,34 bilhão à companhia, 2% a mais do que o registrado em igual período anterior. Já Austrália, Ásia e África avançaram 8%, para US$ 3,04 bilhões.
(Renato Rostás | Valor)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

XNA: cientistas criam DNA artificial que evolui

Por Dikajob

DNA de plástico
O DNA, muitas vezes chamado de molécula da vida, já não tem mais a exclusividade em carregar os códigos que ordenam o funcionamento de todos os seres vivos.
Cientistas usaram a controversa biologia sintética para produzir um conjunto de polímeros sintéticos - uma espécie de moléculas de plástico - que podem armazenar e copiar informações da mesma forma que o DNA faz.
Mais do que isso, esse DNA sintético, que está sendo chamado de XNA, pode sofrer mutações, em um processo análogo ao da evolução natural.
Genética sintética
"O trabalho abre uma nova era, a era da genética sintética, com implicações para a exobiologia, a biotecnologia e para a compreensão da própria vida," afirma Gerald Joyce, especialista na área, mas não envolvido com a pesquisa.
Joyce fez seu comentário na revista Science, onde a descoberta do DNA sintético foi relatada nesta quinta-feira.
Mas ele não deixou de dar um puxão de orelhas nos cientistas.
Ele advertiu que os cientistas que estão trabalhando com a biologia sintética devem abster-se de pisar em áreas com potencial de prejudicar a nossa própria biologia.
Recentemente, um grande grupo de pesquisadores emitiu um alerta, recomendando medidas para evitar que a biologia sintética cause um desastre.
XNA, o DNA sintético
Todas as moléculas de DNA consistem de quatro bases de nucleotídeos, geralmente chamadas pelas suas iniciais - A, G, C e T - montadas ao longo de uma espinha dorsal composta de açúcares e de grupos fosfato.
As quatro bases principais são adenina, guanina, citosina e timina, embora os cientistas já saibam que existem mais bases no DNA natural.
Agora, a equipe internacional liderada pelo brasileiro Vitor Pinheiro demonstrou a evolução dirigida de moléculas sintéticas similares aos ácidos nucleicos - as moléculas XNA - cujo componente natural de açúcar foi substituído por uma de seis alternativas.
Todas estas moléculas XNA se ligam a RNAs e DNAs complementares.


Evolução artificial
Os cientistas também criaram enzimas polimerases que sintetizam o XNA a partir de um molde de DNA, além de outras que conseguem transcrever o XNA de volta em DNA.
Este sistema permite a replicação da informação codificada pelo XNA, o que é a base da hereditariedade - só que, agora, de uma hereditariedade artificial.
Para testar essa possibilidade, o grupo submeteu um dos polímeros, que eles chamam de HNA, a condições de laboratório semelhantes às da seleção natural.
Como seria de se esperar para o DNA nas mesmas condições, o HNA evoluiu em formas que se ligam especificamente a um alvo em particular.
Ou seja, está demonstrada a "evolução artificial", ainda que induzida.
Aplicações do DNA sintético
Nos seus comentários, o Dr. Joyce afirma que, apesar dos riscos envolvidos com estudos desse tipo, os trabalhos com a biologia sintética do XNA podem ter largo alcance.
Como as moléculas do XNA, o DNA sintético, são impermeáveis às enzimas naturais que degradam o DNA e o RNA naturais, elas poderão ter usos na ciência dos materiais, no diagnóstico molecular e mesmo na criação de medicamentos.

domingo, 22 de abril de 2012

Inteligência é genética?

Carta Capital

Muitos estudos científicos tentam descobrir como e por que alguns são mais inteligentes que outros. Sem dúvida, inteligência que pode ser resumida simploriamente na capacidade de resolver problemas é constitucional, isto é, nasce com o indivíduo e com o tempo a experiência e o conhecimento aprimoram as soluções. Mas se nascemos com nossa inteligência determinada ela é necessariamente herdada?

A variabilidade de níveis de inteligência é tão grande que fica claro que dezenas ou centenas de genes interferem em nosso cociente de inteligência, o que torna difícil para os cientistas comprovar a teoria de que um determinado gene contribui para melhorar nosso QI. Cientistas americanos e ingleses concluíram o maior estudo genético na busca de um gene específico que poderia interferir na inteligência humana. Mais de 200 pesquisadores compararam a existência de uma mutação, isto é, uma mudança no código de um gene, o HMGA2, em mais de 21 mil indivíduos e comparam com o tamanho de partes do cérebro de cada um deles.

A descoberta foi que se esse gene, que antes era associado apenas à altura humana, sofrer uma modificação em seu DNA com a troca de uma molécula- e a timina ser substituída pela citosina, o cérebro do mutante sortudo será 3 centímetros cúbicos maior, e o resultado no teste de QI é que essas pessoas ganham, em média, 1,29 ponto a mais, se ambos os pais possuem a mutação o efeito no filho é aditivo com um aumento de 2,6 pontos no QI.

Esse resultado parece pouco expressivo porque a mudança foi pequena e os pesquisadores não conseguiram demonstrar se existe uma área específica que cresce mais que as outras, mas é o primeiro estudo que associa diretamente um único gene à inteligência humana.

E a escolha política também é genética? O Laboratório de Fisiologia Política da Universidade de Nebraska-Lincoln, -coordenado por um cientista político, -John Hib-bing, afirma com uma série de estudos que pelo menos ela é constitucional, isto é, nosso cérebro já nasce formado para nos tornarmos liberais ou conservadores.

De acordo com seus estudos, liberais e conservadores apresentam reações diferentes em situações que exigem respostas básicas e primitivas do ser humano, por exemplo, conservadores pró-militares apresentam reflexos mais rápidos quando são assustados com barulhos repentinos, e quando expostos a imagens ameaçadoras têm resposta de adrenalina mais intensa e olham mais rápido e por mais tempo essas -imagens. Conservadores são mais organizados nos locais onde vivem, enquanto os -liberais são mais tolerantes à bagunça.

O laboratório insiste também em encontrar diferenças anatômicas nos cérebros dos dois espécimes, em um estudo ficou demonstrado que conservadores possuem a amígdala direita maior. A amígdala é uma região profunda do cérebro e está relacionada às reações de medo e ameaça. Em contrapartida, os liberais possuem mais células no córtex do giro cingulado, que é responsável pela percepção do erro repetitivo e correção do comportamento para evitá-lo.

Segundo o cientista, as escolhas políticas são feitas muito mais por características de personalidade já adquiridas ao nascimento do que da reflexão de ideias, experiência e aprendizado. O doutor Hibbing acredita que conservadores nascem menos tolerantes a mudanças, mas são melhores líderes, trabalhadores e mais leais, enquanto que liberais são receptivos às novas experiências, adaptativos a mudanças, lidam melhor com incertezas e são bem mais flexíveis e têm apetite pela vida.

É só olharmos para os lados ou para o espelho que ficará claro que essas características não são binárias, e portanto não podemos colocar todos os humanos em apenas dois grupos de escolhas políticas, mas o que o autor tem como objetivo é pregar a tolerância de todos os lados, já que o discurso não muda a anatomia.